Uma mulher foi presa, durante o início desta semana, suspeita de torturar e matar o próprio filho de oito anos em Itapipoca, no litoral oeste do Ceará. Segundo a Polícia Civil, a investigada chegou a levar a vítima, já sem vida, para uma unidade hospitalar da cidade com o objetivo de ocultar o crime.
Os policiais civis iniciaram as investigações após serem comunicados que uma criança havia dado entrada na unidade hospitalar, já sem vida, com diversas lesões pelo corpo. O menino foi levado pela mãe. Ela relatou que a vítima teria levado uma queda, o que resultou nos ferimentos e no óbito da criança, contudo as apurações apontaram que as marcas encontradas na criança não eram compatíveis com marcas provocadas por uma queda.
Com o desdobramento das investigações, os civis descobriram que a criança já vinha de um histórico de agressões, sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar do município. Em depoimento, a mãe da criança relatou que o filho tinha um comportamento difícil. As investigações seguem enquanto não é feita a liberação do laudo cadavérico para concluir o inquérito policial. A mãe está à disposição da Justiça
Os outros dois filhos da suspeita foram entregues a familiares paternos das crianças.
G1/CE
Mulher de Moro pede no STF que decisão de Lewandowski seja revogada
Por considerar que houve usurpação de competência do ministro Luiz Edson Fachin, relator de ações e impugnações no STF referentes à autodenominada "lava jato", o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro ingressou no Supremo com uma reclamação pleiteando a suspensão e revogação da decisão que liberou à defesa do ex-presidente Lula as mensagens obtidas pelo hacker Walter Delgatti.
A decisão que Moro tenta derrubar foi proferida pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da reclamação 43.007. Delgatti foi preso pela Polícia Federal em uma investigação apelidada de operação spoofing, em 2019, quando Moro era ministro da Justiça do governo Bolsonaro. Parte das mensagens foi divulgada pelo The Intercept Brasil, na série de reportagens conhecida como "vaza jato". Os diálogos apreendidos pela PF foram periciados e, após a decisão de Lewandowski, repassados à defesa de Lula.
A estratégia processual de Moro — representado nos autos por sua mulher, a advogada Rosangela Wolff Moro — é tentar forçar a distribuição de sua petição a um ministro que possa ter entendimento diferente do de Lewandowski.
Para tanto, utiliza-se da reclamação, ação que visa a preservar a competência da Corte e garantir a autoridade de suas decisões. Ocorre que a reclamação 43.007 — na qual houve a decisão de permitir à defesa de Lula o acesso aos diálogos da "vaza jato" — já havia sido distribuída, por prevenção, ao ministro Ricardo Lewandowski.
A defesa de Lula peticionou a reclamação 43.007 porque uma decisão da 2ª Turma da Corte — que havia assegurado à defesa do ex-presidente o acesso aos autos do acordo de leniência da Odebrecht que digam respeito ao petista — não estava sendo cumprida pela 13ª Vara Federal de Curitiba (onde tramitam os feitos da "lava jato" paranaense). Essa decisão da 2ª Turma foi dada no âmbito de outra reclamação (33.543), cuja relatoria, após o julgamento, coube justamente a Lewandowski — daí a prevenção.
Consultor Jurídico
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