O Instituto Butantan informou que a vacina CoronaVac, produzida em parceria com a farmacêutica Sinovac, está sendo testada contra a variante amazônica do coronavírus, que já foi identificada no Ceará.
Análises do instituto já mostraram que o imunizante tem bom desempenho contra as cepas sul-africana e britânica. As informações foram divulgadas pelo Governo de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado.
“Estamos testando com a variante amazônica. Já estamos fazendo inclusive com amostras de soro de pessoas vacinadas aqui no Brasil. Brevemente teremos esses resultados e acreditamos que, pela própria forma como a vacina é produzida, essa possibilidade de ter escape, de não ter a resposta, é bem menor”, explicou o diretor do Instituto, Dimas Covas, em coletiva de imprensa nesta última segunda-feira (8).
Testes feitos com as variantes mostraram um melhor desempenho das vacinas com vírus inativado (tecnologia da CoronaVac) na comparação com as vacinas que se utilizam de uma única proteína como antígeno (a chamada proteína S).
Nesta quarta-feira (10), o Butantan recebe uma nova remessa de 5,6 mil litros de insumos, que chegará da China.
Outras vacinas
Pesquisa publicada nesta segunda na revista Nature Medicine indicou que a vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 se mostrou capaz de neutralizar as variantes que apareceram no Reino Unido e na África do Sul.
Na última sexta-feira (5), a Universidade de Oxford afirmou em comunicado que um estudo em andamento mostrou que a vacina elaborada pela instituição e pela AstraZeneca tem eficácia "similar" contra a cepa encontrada inicialmente no Reino Unido, a chamada variante "Kent", ou B.1.1.7. O comunicado ressalta que as conclusões do estudo são preliminares e que ele ainda será submetido a uma revista científica para revisão e publicação.
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