Ex-guerrilheiro responde por tráfico internacional de drogas e organização criminosa nos EUA - Guillermo, conhecido como 'El Patrón', foi abordado e detido pela PF no Bairro Messejana
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu extraditar o colombiano Guillermo Amaya Ñungo, ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para os Estados Unidos da América, após um ano preso no prédio da Polícia Federal (PF) em Fortaleza. Nos EUA, ele responde por tráfico internacional de drogas e organização criminosa.
Guillermo, conhecido como 'El Patrón', foi abordado e detido pela PF no Bairro Messejana, no momento em que ia buscar uma filha na escola, e não esboçou reação, na tarde de 17 de setembro de 2019. A defesa do colombiano nega que ele cometeu crimes e afirma que mandado de prisão norte-americano tem motivação 'política'.
A Segunda Turma do STF, composta pelos ministros Edson Fachin (relator), Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, decidiu pela extradição por unanimidade, na última segunda-feira (14).
Acusações nos EUA - 'El Patrón' responde a dois processos nos EUA por tráfico internacional de drogas e organização criminosa. O primeiro no Tribunal Federal dos Estados Unidos do Distrito Leste do Texas, de 2007.
Uma investigação policial descobriu que o colombiano integrava uma organização criminosa com "infraestrutura sofisticada para fabricar, adquirir, armazenar, transportar e distribuir cocaína". As cargas variavam de 100kg a 2,5 toneladas da droga.
O segundo processo tramita no Tribunal Federal dos Estados Unidos para o Distrito de Columbia, desde 2014. Levantamentos policiais apontaram que 'El Patrón' continuava levando droga para terras norte-americanas. Somente em um voo, seriam levados 1.600 kg de cocaína.
O colombiano fazia todo o planejamento do voo, desde a saída do entorpecente da Venezuela, com pagamento de suborno a policiais (com dinheiro ou droga), até a passagem por outros países e a chegada nos Estados Unidos, com o objetivo de despistas os policiais.
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