Um homem acusado de crime de feminicídio contra sua enteada de 13 anos, foi condenado pela justiça de Campos Sales. Natanael Alves dos Santos, de 37 anos, o “Natan”, já está na Penitenciária de Juazeiro após condenação a 46 anos de prisão. No último dia 29 de junho o corpo de Maria Raquelly da Conceição Lima, de 13 anos, que residia no Sítio Crioulos naquele município, foi encontrado num matagal. Logo a polícia identificou como autor o próprio padrasto.
O mesmo tinha acabado de ser preso em Serrolandia (PE) e apontou o local da “desova” no Sítio Baixio não tão distante da casa da vítima. A menina foi morta por asfixia, teve o corpo esquartejado e “Natan” ainda ateou fogo após ela negar atos sexuais em troca de dinheiro. O réu também foi condenado pelos crimes de ocultação de cadáver, importunação sexual e favorecimento à prostituição. A ossada de Raquelly só foi sepultada no dia 7 de agosto após confirmar a identificação pelo exame de DNA.
A ossada tinha sido encontrada cinco dias após o desaparecimento da menina. No dia 18 de julho Natan foi denunciado pelo Promotor de Justiça de Campos Sales, Tadeu Furtado de Oliveira Alves, por feminicídio qualificado contra sua própria enteada. Ele tinha relacionamento com Maria Daniele Luiza da Conceição, de 30 anos, mãe da garota e, certo dia a menor contou para a mãe que Natan “estava olhando ela tomar banho”. Houve separação, mas o relacionamento foi retomado.
No dia do crime, a menina estava sozinha em casa e preparava o almoço do padrasto. Segundo confessou no seu depoimento, ofereceu certa quantia em dinheiro para manter relações sexuais com a menor e esta teria cobrado um valor bem superior. Surgiu discussão e Natan falou, no depoimento, que “pegou uma corda, puxou o pescoço dela e viu que tinha morrido”. Na sequência, apanhou roupas da menina para simular uma fuga e levou o corpo para “desovar” no matagal.
Além disso, cobriu com capas do banco do seu carro e com roupas dela para atear fogo. O crime causou grande repercussão no Cariri. Quando Natan fugia ao Pernambuco bateu o carro num caminhão e ainda tentou o suicídio cortando os pulsos. Na noite daquele dia, populares atearam fogo no carro que ficou carbonizado. Já no dia 6 de julho, um dia após a missa de sétimo dia, houve grande manifesto de revolta pelas ruas de Salitre.
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