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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Maio terminou com oito homicídios em Juazeiro e o ano é 37,5% menos violento


Na comparação com maio de 2024 foi a mesma quantidade, pois, naquele período, também ocorreram oito assassinatos.
Demontier Tenório(Foto: Reprodução)

“Ronne” foi morto a tiros no bairro Romeirão; Wendel na Lagoa Seca e “Vicentão” no Frei Damião. 

Com oito homicídios em diferentes bairros, o mês de maio teve quatro assassinatos a mais que abril ou 50% de acréscimo já que tivemos quatro homicídios no quarto mês do ano. Na comparação com maio de 2024 foi a mesma quantidade, pois, naquele período, também ocorreram oito assassinatos. Desta forma, são 4 homicídios em janeiro, 7 em fevereiro, 5 em março, 4 em abril e oito no mês passado.

Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, em maio, os oito bairros onde houve homicídios foram Frei Damião com 3 ou 37,5% quanto ao total do ano e os demais no Romeirão, Timbaúbas, Pirajá, Lagoa Seca e Horto. No acumulado do ano, o bairro Frei Damião assumiu a frente como o mais violento com quatro dos 28 homicídios deste ano ou 14% em relação à matança em Juazeiro. Nos primeiros cinco meses de 2024 eram 45 homicídios contra 28 este ano ou decréscimo de 37,7% na comparação.

Eis a relação dos homicídios registrados no decorrer do mês passado em Juazeiro:

Dia 03 – Ronier Cirino de Sousa, de 40 anos, o “Ronne” que residia na Avenida Nossa Senhora Aparecida (João Cabral), usava tornozeleira e tinha deixado o cárcere há uma semana, foi morto a tiros num bar na esquina da Avenida Salgueiro com a Rua Todos os Santos (Romeirão) por um homem que fugiu numa moto. Ele respondia por assaltos, ameaças, furtos, lesão corporal, porte de arma, homicídio, receptação, violência doméstica e já tinha sido vítima de três tentativas de homicídios. No dia 15 de janeiro de 2005, em um bar no bairro João Cabral, movido por ciúmes ele matou a tiros Edilson Lopes Firmino, o “Pardal”, com a ajuda de um adolescente.

Dia 07 – Niel Ferreira de Lima, de 37 anos, que residia na Rua Francisco Martins de Sousa (Frei Damião) e era marceneiro, foi morto a tiros na Avenida José Teófilo Machado naquele bairro. Ele não respondia crimes e dirigia a sua picape quando foi atocaiado por um homem numa moto atirando. Na tentativa de fuga ainda bateu o carro num poste quando a execução foi consumada. No mesmo dia a polícia prendeu em flagrante Jonas Aquino Silva, de 35 anos, o Cabo PM Aquino, suspeito do crime que teria motivação passional.

Dia 11 – Paulo Ricardo Dias da Silva, de um mês e 10 dias, que residia na Travessa Moisés Fernandes (Timbaúbas), morreu no Hospital Infantil Maria Amélia para onde foi levado pelos pais. O médico notou hematomas na cabeça, abdômen e pernas, sendo a polícia acionada prendendo a promotora de vendas Lilia Maria dos Santos, de 29, e seu esposo Paulo Roberto Alves da Silva, de 24 anos. Foram autuados em flagrante por homicídio qualificado e a polícia soube ainda que, duas semanas antes, o mesmo bebê tinha dado entrada naquele hospital apresentando fratura num dos braços.

Dia 11 – João Paulo da Silva Guedes, de 28 anos, o “Menor do Chá” que residia no bairro José Geraldo da Cruz, morreu no HRC. No dia anterior, dois homens jogaram gasolina e atearam fogo em seu corpo quando estava deitado no interior do Mercado do Pirajá. Foram presos o chapeado Raimundo Nonato Lima de Andrade, de 26, o “Nego” residente no Tiradentes e Danilo de Souza Rodrigues, de 21 anos, que mora no João Cabral. Ambos já tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas e ameaças, enquanto a vítima respondia por porte de arma de fogo, violência doméstica, ameaça contravenção penal, lesão corporal, violação de domicílio, danos e resistência à prisão.

Dia 15 – Wendel Davi dos Santos Pereira, de 20 anos, que residia na Rua Dr. Francisco Monteiro (Triângulo) e trabalhava numa churrascaria, foi morto a tiros na esquina das ruas Arnóbio Bacelar Caneca e José Carneiro Filho (Lagoa Seca). Ele teria sido atraído ao local por um amigo com o qual usava drogas e foi surpreendido pelos disparos. O mesmo respondia por tráfico de drogas, porte de arma e, quando tinha 17 anos, já tinha sido vítima de atentado à bala no Mercado do Triângulo, por Jose Andreilson de Souza Silva, de 20 anos, o “Gegê”, condenado a 4 anos de prisão.

Dia 19 – Geovani Vieira da Silva, de 35 anos, o “Sorriso”, que residia na Rua Caminho do Horto (Horto), foi morto a tiros perto de sua casa. No ano de 2012 ele foi acusado de estupro de vulnerável e, em agosto de 2015, invadiu a casa de uma idosa de 63 anos quando tentou fazer sexo com a mesma à força. Já em setembro de 2015 estuprou idosa de 80 anos na casa da vítima no bairro Salgadinho e ainda roubou o celular dela.

Dia 21 – Vicente de Paulo Oliveira, de 67 anos, o “Vicentão”, que residia na Rua Francisco Martins de Souza (Frei Damião), foi morto a tiros por um homem que chegou numa moto e invadiu o seu apartamento num prédio sob Igreja Evangélica. Ele respondia por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, formação de quadrilha e porte ilegal de arma de fogo nos estados da Paraíba e Ceará.

Dia 22 – João Paulo Felipe Monteiro, de 25 anos, que residia na Rua Antonio Saraiva Landim (Frei Damião) e era barbeiro, foi morto a tiros por dois homens numa moto na Rua Poeta Vitorino Vicente naquele bairro. Na menoridade João Paulo foi apreendido por assalto. Em dezembro de 2020 sofreu tentativa de homicídio e respondia por posse ilegal de arma de fogo.

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