Técnica une aparelhos dentários e cirurgia para redesenhar a estrutura do rosto
Paciente antes e depois da cirurgia ortognática
Foto: Divulgação
Thamyres Dias
Adultos que tiveram algum distúrbio do crescimento facial e querem
redesenhar a estrutura do rosto podem recorrer a uma técnica que une
aparelhos ortodônticos à procedimentos cirúrgicos nos ossos da face - a
chamada cirurgia ortognática. Além da estética, o tratamento corrige
alterações no posicionamento da mordida e problemas respiratórios.
"Os
exemplos mais comuns de indicações para a cirurgia ortognática são o
prognatismo mandibular (excesso de queixo), o retrognatismo mandibular
(falta de queixo), e as alterações verticais da face, como o excesso
vertical da maxila, que é bem característico pela presença de sorriso
gengival e a inabilidade para fechar bem a boca", explica o cirurgião
bucomaxilofacial Augusto Pary, especialista na técnica.
A primeira
fase do tratamento, quando é usado o aparelho dentário, pode durar de 6
a 18 meses. Em seguida, o paciente é submetido ao procedimento
cirúrgico. A recuperação vai depender da gravidade do caso, mas envolve
repouso de 15 a 30 dias, com restrições à mastigação. Para praticar
esportes, o recomendado é aguardar um intervalo de seis meses a partir
da operação. Foto: Divulgação
"O objetivo deste preparo com aparelho é colocar os dentes nas
posições e inclinações corretas dentro dos ossos maxilares para que uma
mordida ideal consiga ser estabelecida durante a cirurgia. Após 2 a 3
meses da cirurgia, o paciente retorna ao seu ortodontista (dentista que
cuida do posicionamento dos dentes) para que sejam realizados os ajustes
finais na arcada", orienta Pary.
O tratamento é definitivo, mas,
especialmente no primeiro ano pós-cirúrgico, são necessárias revisões
frequentes. O procedimento é contraindicado apenas para pacientes com
problemas de saúde grave, que impossibilitem a realização de cirurgias.
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