sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Brasil mantém emergência nacional em saúde pública por causa da zika



Ministro da Saúde, Ricardo Barros afirmou nesta sexta que as consequências da malformação pelo vírus são muito graves e é preciso continuar vigilância.
Apesar de já ter passado um ano após a declaração de emergência nacional em saúde pública por conta do aumento de casos de microcefalia associados ao zika vírus, o governo brasileiro decidiu manter a situação no País. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta sexta-feira (18) que as consequências da malformação são muito graves.

“O Brasil está acumulando conhecimento muito amplo sobre o zika vírus, por meio de inúmeras pesquisas que estamos financiando. E nós entendemos que, como somos o país com maior incidência, devemos manter ampla vigilância para dar segurança à população.”

Além de anunciar novas medidas em relação ao acompanhamento dos casos de gestantes com a infecção, o ministro pediu que a população ajude no combate ao Aedes aegypti, principalmente agora no verão.

“É preciso que cada cidadão assuma sua responsabilidade e ajude a combater os focos do mosquito. É assim que podemos ter um melhor resultado para a toda a sociedade brasileira”.

Fim da emergência mundial

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou durante coletiva na tarde desta sexta, em Genebra, na Suíça, que o vírus e seus transtornos neurológicos não são mais uma emergência sanitária internacional. Ainda assim, as medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor não só da zika como também da dengue, chikungunya e outras doenças, devem continuar.

A OMS recomenda que os países que enfrentam a epidemia de zika tenham outros métodos de detecção de consequências neurológicas do vírus, além da medição da cabeça dos recém-nascidos, medida já adotada pelo Brasil e que pode levar ao diagnóstico de microcefalia.

“É apropriado o Brasil continuar a emergência, porém, uma emergência pública internacional tem uma conotação diferente, nesse caso a declaração é feita para o que o mundo identifique e trabalhe em conjunto questões de importância internacional. Agora, outro país pode dizer que é uma emergência, se eles precisam de mais fontes, de mais pesquisas”, disse o coordenador da organização, David Heymann.

*Com informações da Agência Brasil

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