terça-feira, 30 de julho de 2024

Fila do Bolsa Família reduz 96% no Ceará, e número de famílias atendidas salta para 1,4 milhão

Foto Thiago Gadelha 
O número de famílias na fila de espera para receber Bolsa Família no Ceará caiu 96,23% em julho, na comparação com igual período do ano passado. Atualmente, 1.351 famílias estão pré-habilitadas para receber o benefício e aguardando a concessão. Em julho do ano passado, o número era de 35,8 mil. Os números são do Ministério da Cidadania.

A redução no Ceará acompanha o movimento nacional. O número de famílias aguardando o Bolsa Família em todo o Brasil caiu 78,20% se comparado com o ano passado. No Nordeste, a queda foi de 94,11%.

A quantidade de famílias esperando para receber o Bolsa Família em julho é a menor de 2024. O número tem comportamento bastante volátil, com mudanças bruscas em curto período tempo.

De março a junho, o número de famílias cearenses na fila de espera era superior a 10 mil, chegando ao pico do sexto mês, quando 18.421 aguardavam a concessão do benefício.

RECORDE DE INCLUSÕES

Julho teve o recorde de inclusões do programa em um único mês neste ano: mais de 500 mil novas famílias passaram a receber o benefício. No Ceará, foram 24.527 mil novas famílias beneficiárias. O benefício abrange agora 1.462.626 famílias cearenses, com investimento de R$ 989,2 milhões ao mês.

João Mário de França, professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC) afirma que a oscilação do número mostra que a realidade de zerar a fila de espera do programa pode estar distante.

“Apesar do esforço do governo nesse sentido, esse número vem oscilando mês a mês porque fica muito na dependência de famílias que estão na fila entrarem no lugar de outras famílias que não estão mais aptas a receber ou se o orçamento do Bolsa Família for elevado”, comenta.

O especialista pontua que a região Nordeste necessita de uma atenção diferenciada na articulação de polícias de combate à vulnerabilidade econômica, já que concentra quase 60% da população brasileira na situação de extrema pobreza.

“As evidências mostram que a volatilidade dos indicadores de pobreza resultante de choques econômicos induz taxas de pobreza mais elevadas consistentemente”, explica

Com informações do Diário do Nordeste.

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