quarta-feira, 22 de maio de 2024

Açudes do Ceará atingem melhor volume de maio dos últimos 12 anos

 

A quadra chuvosa de 2024, contra o que as previsões apontavam no ano passado, gerou o melhor ganho de água nos açudes cearenses em 15 anos. O aporte já se reflete no nível geral dos reservatórios: nessa terça-feira (21), 56,9% do volume deles estavam preenchidos, o melhor nível para o mês desde 2012.

Os dados são da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), que monitora 157 açudes do Estado, e consideram como parâmetro o volume geral registrado no dia 21 de maio de cada ano.

A última vez que os reservatórios estavam acima dos atuais 56,9% nessa data foi em 2012, quando o volume chegava a 63,1%. Já no dia 21 de maio do ano seguinte, o nível desceu para 41,5%, e só voltou a ultrapassar os 50% em 2023.

Observar o volume dos açudes cearenses neste momento é importante porque o Estado está a cerca de 10 dias do fim da quadra chuvosa, que se estende de fevereiro a maio. Até abril, todos os meses atingiram a média de chuvas registrada historicamente.

Os números de maio ainda são preliminares, atualizados diariamente pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) – mas, até essa terça (21), o acumulado ainda estava 40,8% abaixo da média histórica, que é de 90,7 milímetros nos 31 dias.

O aporte dos quatro primeiros meses de 2024 foi fundamental para fazer subir o nível dos reservatórios. Em entrevista ao Diário do Nordeste, Tércio Tavares, diretor de operações da Cogerh, destacou que o acumulado médio foi de 754 mm, 22% a mais do que o histórico.

“As boas chuvas que ainda estão caindo em nosso Estado, neste ano de 2024, têm levado o Ceará a quebrar recordes dia após dia”, comemorou o gestor, destacando, por outro lado, a necessidade de uso racional da água.

“Mesmo com o aporte hídrico histórico e com a garantia de água em quantidade e qualidade para, pelo menos, dois anos, nunca é demais falarmos no uso moderado. Temos que garantir esse bem finito não somente para os nossos dias, mas sobretudo para as próximas gerações”, projetou.

Com informações do Diário do Nordeste.

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