O Comitê Científico da Covid-19 no Ceará vai decidir na próxima sexta-feira se volta a recomendar o uso de máscaras em locais fechados. Nesta terça-feira (31), o comitê de São Paulo voltou a recomendar o uso. Hoje no Ceará a proteção é obrigatória nos transportes coletivos e unidades de saúde. Conforme o consórcio de veículos de imprensa, responsável por monitorar os casos com base em dados das secretarias estaduais de saúde, o Ceará teve oito mortes nesta terça-feira e 45 casos confirmados.
Foi apurado que no comitê cearense existe o entendimento de que vem ocorrendo aumento discreto no número de casos e sem impacto nas hospitalizações. Isso diminui a possibilidade de voltar a recomendar o uso. Já o Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo foi compelido a sugerir a máscara por conta do aumento dos índices da doença, mesmo em patamares baixos.
Desde 15 de abril, o uso das proteções faciais foi facultado por decisão da governadora Izolda Cela (PDT). Ao lado do secretário da Saúde, Marcos Gadelha, ela destacara a decisão foi tomada diante de um cenário positivo e de controle em relação à Covid-19.
“Nós decidimos pela desobrigação do uso de máscara nos ambientes fechados. Tem algumas exceções importantes baseadas no princípio da precaução: equipamentos de saúde, tais como hospitais, clínicas, policlínicas, UPAs, postos de saúde, lugares de assistência à saúde; e também o transporte público. Essa gradação é sempre pautada na prudência e responsabilidade”, disse Izolda no anúncio, em 14 de abril.
São Paulo flexibilizou desde dia 17 de março, 679 dias depois da obrigatoriedade, no início da pandemia. No entanto, hoje o estado vê os números subirem novamente. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, houve 492 novas internações nesta terça-feira. A média móvel chegou a 404. Há cerca de duas semanas, era de 232. Equivale a alta de 74,1%.
De acordo com o último boletim da Secretaria da Saúde de Fortaleza, entre os dias 23 a 29 de maio, a proporção de positividade das amostras (RT-PCR) de residentes de Fortaleza, analisadas pelos laboratórios da rede pública, foi de 4,8%.
(O Povo)
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