quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Americana é declarada primeira mulher curada do HIV após novo tratamento


Uma mulher norte-americana foi a terceira pessoa do mundo, até o momento, a ser curada do HIV. O anúncio foi feito nessa terça-feira, 15, na Conference on Retroviruses and Opportunisitic Infections de Denver, EUA. A paciente, que também tem leucemia, fez um tratamento no qual recebeu um transplante de células-tronco de um doador que era geneticamente resistente ao vírus que causa a AIDS.

De acordo com as informações da agência de notícias Reuters, o caso faz parte de um estudo maior, patrocinado pelos EUA, liderado pela Dra. Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e pela Dra. Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. A pesquisa faz o acompanhamento de 25 pessoas com HIV que se submetem a um transplante com células-tronco que são retiradas do sangue do cordão umbilical para tratar o câncer e outras doenças graves.

Antes de receberem o transplante, os pacientes fazem quimioterapia para eliminar as células imunológicas cancerígenas. Logo após esse primeiro tratamento, os médicos transplantam células-tronco de indivíduos com uma mutação genética específica que os faz não possuir receptores usados pelo vírus para infectar células.

A paciente, de 64 anos, tem Leucemia Mieloide Aguda (LMA) - um câncer que começa nas células formadoras de sangue da medula óssea. Ao longo dos meses, os médicos perceberam que o tratamento estava funcionando e o HIV encontrava-se em remissão. A mulher vive sem vírus há 14 meses.

Os casos anteriores que tiveram êxito no tratamento ocorreram em homens, os quais haviam recebido células-tronco adultas, frequentemente usadas em transplantes de medula óssea. Este é o primeiro envolvendo sangue de cordão umbilical, uma abordagem nova que pode tornar o tratamento disponível para mais pessoas.

Ainda segundo a Reuters, os cientistas destacaram que a descoberta não significa que todas as pessoas com o vírus possam ser curadas através do transplantes de medula óssea, mas ressaltaram o fato dos relatórios confirmar que ‘uma cura para o HIV é possível e fortalece ainda mais o uso da terapia genética como uma estratégia viável para a cura do HIV", disseram em pronunciamento.

(O Povo)

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