sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Mulher assassinada em supermercado de Rio Preto procurou a polícia horas antes do crime


Maria Juciana da Silva, de 35 anos, morta a tiros, na tarde da quinta-feira, 20, em um supermercado do Centro de Rio Preto, procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) horas antes de morrer.

Segundo a delegacia especializada da Polícia Civil, a mulher foi até o local a fim de pedir medida protetiva, pois reclamava de ameaças por parte do marido.

De acordo com a delegada Margareth Franco, a vítima contou que estava em discussão desde a última segunda-feira, 17, com o ex-marido, de quem se separou recentemente. Ela resolveu procurar por ajuda, denunciando que vinha sofrendo ameaças por parte de José Alves de Lima, com quem teve três filhos.

A medida protetiva, segundo a DDM, foi encaminhada para o Ministério Público na tarde da quinta e teria sido concecida pela Justiça nesta sexta, como segue o protocolo.

Segundo a delegada, o episódio mostra a importância de procurar a polícia o mais rápido possível. "Ela não acreditava que ele seria capaz de tamanha violência", disse Margareth, que também relatou que a mulher não mencionou que ele portava uma arma de fogo, informação que, se dita à polícia, poderia ter aberto caminho para um mandado de busca imediato.

Horas depois de a mulher procurar a polícia, José foi até o estabelecimento onde ela trabalhava como segurança e disparou. Segundo informações de testemunhas, o homem chegou de carro até as proximidades do supermercado, estacionou o veículo, desceu armado, foi em direção à vítima e fez os disparos. Logo em seguida, disparou contra o próprio corpo e morreu.

 

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local para atender as duas pessoas feridas, mas ambas morreram no local em decorrência da gravidade dos ferimentos. 

Procurado pela reportagem, o supermercado Dia afirmou que está acompanhando o caso e lamentou "profundamente", enviando as condolências à família.

O estabelecimento ressaltou, ainda, que está colaborando com as autoridades locais para a solução do caso, além de prestar todo o suporte necessário à família da colaboradora

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