terça-feira, 30 de março de 2021

Ameaça de morte contra Camilo Santana, governador do Ceará, é investigada pela polícia

 

Um áudio com ameaça de morte ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT), é investigado pela Polícia Civil do Ceará (PCCE). No arquivo, compartilhado em um grupo do Whatsapp, um homem cita possíveis planos de cometer um crime contra o chefe do executivo cearense. A informação foi obtida pelo colunista Inácio Aguiar, do Sistema Verdes Mares.

“Vou ser sincero com vocês: tinha uma galera aí doida para pegar o governador... É porque sumiu (sic). Mas não tá fácil pra ele escapar não. Tem um bocado de menino bom aí doido para pegar ele, pra comer a cabeça dele. É grana, viu? E eu estou dentro”, diz o homem, ao consumar a ameaça contra Camilo. O título do grupo onde o áudio foi compartilhado é “Ceará contra o lockdown”, e tem membros que se dizem contrários às medidas restritivas adotadas no Estado.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informa que a Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com o apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP), identificou o suspeito de gravar o áudio e, na última sexta-feira (26), cumpriu um mandado de busca e apreensão, na residência dele, no Bairro Dom Lustosa, em Fortaleza.

De acordo com a SSPDS, o homem, que tem 53 anos, foi interrogado e teve o celular apreendido. O aparelho telefônico vai passar por análise. A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar o envolvimento de outras pessoas e a participação do suspeito em outros crimes. O homem responderá criminalmente pelas ameaças.

No áudio, o suspeito, que já tem antecedentes criminais, chama o governador e outros políticos cearenses de “bandidos” e relata que tem “amigos militares” que teriam “o olho quente”. Ele fala ainda que fiscalizações para cumprimento do decreto estadual estariam ocorrendo porque o governo cearense estaria “obrigando (militares) a fazer isso”.

Em julho de 2020, dois homens foram detidos por ameaçar jogar bombas incendiárias artesanais na residência oficial do governador de Camilo. Os suspeitos integravam um grupo de educadores físicos que protestavam pela abertura de academias na retomada da economia no Ceará.

Fonte: G1

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