A taxa de pobreza na Argentina subiu para 40,9% da população no primeiro semestre deste ano, com 10,5% de indigência, um dos piores registros da história do país, informou o Instituto de Estatística (Indec).
No final de 2019, a taxa de pobreza era de 35,5% e a indigência de 8%.
Na comparação interanual, o número de pessoas abaixo da linha da pobreza aumentou 5,5 pontos percentuais, e na indigência 2,8 pontos percentuais.
“Aos poucos, chegamos perto de metade da população que não tem condições de comprar com sua renda uma cesta básica de consumo essencial. Isso é muito preocupante porque tem um percentual muito alto de crianças e adolescentes”, disse à AFP o economista Ricardo Aronskind.
Para tentar conter a crise, o governo ideologicamente alinhado ao socialismo, tentou congelar preços e restringir a compra de dólares.
No primeiro semestre deste ano, a renda familiar média mensal total das famílias pobres foi de 25.759 pesos (cerca de US$ 320 pelo câmbio oficial), mas a cesta básica atingiu 43.785 pesos (cerca de US$ 545), uma diferença de 41,2%, segundo o Indec.
A Argentina, com uma inflação anual de mais de 40% e a pandemia covid-19 atingiu fortemente sua economia agravando ainda mais a situação e o Fundo Monetário Internacional estima que fechará este ano com uma contração de 9,9% do Produto Interno Bruto, o dobro do previsto de queda estimada para o Brasil.
(República de Curitiba)
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