sábado, 27 de junho de 2020

Vacina testada no Brasil é a mais avançada contra a covid-19, diz OMS

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. Foto: Fabrice COFFRINI/AFP
O DIRETOR-GERAL DA OMS, TEDROS GHEBREYESUS. FOTO: FABRICE COFFRINI/AFP
Segundo a entidade, serão necessários mais de 30 bilhões de dólares para desenvolver testes, vacinas e tratamentos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta sexta-feira 26, que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a biofarmacêutica britânica AstraZeneca, é a melhor candidata contra a covid-19. A fórmula está sendo testada no Brasil e na África do Sul. Testes anteriores tiveram resultados positivos no Reino Unido.
De acordo com a pesquisadora Soumya Swaminathan, da OMS, esta candidata apresenta os estudos mais adiantados do mundo e com o desenvolvimento mais avançado. Uma outra vacina em testes, da empresa Moderna, “não está muito atrás”. São 200 vacinas candidatas contra o coronavírus, testadas ao redor do mundo.
Mais de mil voluntários em São Paulo estão envolvidos nos estudos. Os testes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com apoio do Ministério da Saúde, e são conduzidos pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em 20 de junho, a Unifesp informou que recebeu os primeiros 15 voluntários para participar dos testes da vacina. Segundo a instituição, os voluntários fizeram a triagem para o estudo e, em seguida, o teste de sorologia.
Os participantes precisam ter sorologia negativa para a infecção pelo vírus, ou seja, não podem ter contraído a doença antes de receber a vacina. Eles serão acompanhados por um ano, sendo submetidos a exames de sorologias periódicas e avaliação médica se apresentarem qualquer sintoma da doença.
De acordo com a OMS, serão necessários mais de 30 bilhões de dólares nos próximos 12 meses para desenvolver testes, vacinas e tratamentos contra a covid-19.
“Está claro que, para controlar a covid-19 e salvar vidas, precisamos de vacinas, diagnósticos e terapias eficazes, em volumes sem precedentes e em uma velocidade sem precedentes”, disse o diretor-executivo da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Em 27 de junho, artistas de todo o mundo se reunirão em um concerto virtual para arrecadar fundos para esses estudos, coordenado pela organização Global Citizen, em parceria com a OMS. A campanha também tem o objetivo de mitigar o impacto da pandemia nas populações em situação de pobreza.

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*Com informações da Reuters e da AFP     CartaCapital.

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