Foto Thiago Gadelha |
Conforme o comandante da 10ª Região Militar do Ceará, Fernando da Cunha Mattos, o Exército começou a exercer o poder de polícia nas ruas neste domingo. Além disso, o Comando do Nordeste enviou novas tropas, de quatro estados, pra dar um volume de tropa adequado para missão.
"Os blindados serão utilizados para garantir a segurança de quem está dentro. Será um reforço no patrulhamento", explicou o comandante do Exército no Ceará.
A atuação do Exército nas ruas é realizada durante o motim dos PMs no estado, que teve início na tarde de terça-feira e ganhou corpo a partir de quarta. Homens encapuzados que se identificam como agentes de segurança do Ceará têm invadido quarteis, impedindo o seu funcionamento, e esvaziado pneus de veículos oficiais.
Os amotinados reivindicam aumento salarial acima do proposto pelo governador Camilo Santana (PT).
Durante a paralisação da categoria, a Secretaria da Segurança Pública contabilizou 122 mortes violentas, entre quarta e sábado. Neste domingo, o G1 contabilizou outros três assassinatos, com base em delegacias e policiais que atenderam às ocorrências.
Os soldados se dividem em equipes e realizam o patrulhamento nas ruas com veículos blindados, principalmente em áreas de intensa movimentação de pessoas, como Avenida Beira-Mar e Praia do Futuro.
Um agente do Exército que participa da operação contou ao G1 que os soldados estão atuando com os veículos do tipo "EE-9 Cascavel', que é um blindado brasileiro de seis rodas; e "EE-11 Urutu", veículo blindado de transporte de pessoal.
Por conta da crise, o estado recebeu reforço de tropas da Força Nacional e do Exército Brasileiro. Atualmente, a segurança no estado é realizada por 2,5 mil soldados do Exército, 150 agentes da Força Nacional, 212 policiais rodoviários federais, policiais civis PMs de batalhões que não aderiram à paralisação.
Contudo, o comandante da 10ª Região Militar do Ceará, Fernando da Cunha Mattos, afirmou que o estado ainda receberá mais tropas para reforçar a segurança. Mattos disse que o número de soldados foi "inicialmente insuficiente". O número de soldados, porém, não foi informado pelo comandante. Por conta da crise, o estado recebeu reforço de tropas da Força Nacional e do Exército Brasileiro.
Com informações do G1 Ceará. via elberfeitosa.
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