sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Picadas de escorpião aumentam no Ceará; mais de 6 mil casos em um ano

O período da quadra chuvosa abre o alerta para o aparecimento de doenças e animais peçonhentos. Durante essa época, é comum que as unidades hospitalares recebam uma demanda ainda maior de pacientes que estão infectados por vírus ou foram picados por aracnídeos ou répteis. Ao todo, foram registrados 6.587 casos de picada de escorpião no Ceará em 2019, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado. De acordo com o técnico do Núcleo de Controle de Vetores da Secretaria da Saúde do Ceará, Ivan Luiz, o período de chuvas é, sim, um agravante para o aparecimento desses animais mas há também outros fatores que podem ter influenciado nesse aumento. "A questão é que agora as pessoas têm mais conhecimento sobre o assunto e estão procurando as unidades de saúde para notificar", explica. No Ceará, os escorpiões estão adaptados ao clima de calor e se localizam em buracos no solo ou sistemas de esgotos, nas cidades. Durante a quadra chuvosa, por não serem animais adaptados à água, saem de seus abrigos e seguem para locais mais quentes e seguros. Isso gera uma maior possibilidade de acidentes. Ivan Luiz informa ainda que existem cerca de 12 espécies de escorpiões no Ceará, mas o mais comum é o escorpião-do-nordeste (Tityus stigmurus). Esse animal tem hábitos noturnos, ou seja, se alimenta e é mais ativo durante a noite. É pequeno e tem a coloração amarelada ou amarronzada, de forma que se camufla com o solo árido, da região onde habita. Se alimenta de insetos e principalmente de baratas domésticas. No caso de picada, a vítima deve lavar o ferimento com água e sabão e procurar uma unidade de saúde. Uma compressa de água morna também pode ser aplicada no local, mas jamais deve-se amarrar; aplicar qualquer tipo de substância no local da picada (como por exemplo, álcool e querosene); cortar, perfurar ou queimar o local do ferimento; não usar curativo; e evitar ingerir bebida alcoólica ou derivado.
freelance24horas.

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