O inquérito instaurado na Delegacia da cidade de Cruz já foi remetido à Justiça.
Já foi remetido à Comarca da cidade de Cruz (a 235Km de Fortaleza), um dos inquéritos instaurados pela Polícia Civil que comprovou a prática de dois crimes de estupro de vulnerável pelo médico generalista e prefeito afastado do Município de Uruburetama, José Hilson de Paiva, 70 anos. O inquérito foi finalizado nesta sexta-feira (26) pela delegada Joseana Oliveira, titular da Delegacia de Cruz. Oito mulheres prestaram depoimento naquela unidade.
De acordo com a delegada, seis das oito mulheres relataram prática de abusos sexuais quando eram atendidas pelo médico em seu consultório naquela cidade. Outros dois casos foram caracterizados como estupro a vulnerável, que, conforme a Lei Penal, só prescreve após 10 anos do fato.
“Durante as diligências e depoimentos chegamos à conclusão de que a conduta dele se caracterizou e se encaixou como crime de estupro a vulnerável, pois no momento do ato a vítima não havia como oferecer resistência”, esclareceu a delegada.
Preso na Capital
O advogado de defesa do médico, criminalista Leandro Vasques, disse não descartar a hipótese de que as duas vítimas podem ter sido “fabricadas” pela oposição política do prefeito, independente das vítimas reais, que de fato devem existir”.
O prefeito que está afastado da Prefeitura de Uruburetama pelo prazo mínimo de 90 dias, permanece preso em Fortaleza, numa cela da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro da cidade. Ele teve duas prisões preventivas decretadas pela Justiça.
Durante a semana, a Justiça negou o pedido da defesa de anular a sessão extraordinária realizada pela Câmara de Vereadores de Uruburetama que decidiu afastar o prefeito do cargo. Além disso, foram rejeitados os pedidos de habeas corpus e de prisão domiciliar.
Na semana passada, José Hilson foi levado até a cidade de Itarema (a 210Km de Fortaleza) onde foi formalmente apresentado à Justiça já na condição de preso. De volta à Capital, ele permanece detido. Hilson também está suspenso de exercer sua profissão, através de uma decisão do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec-CE) e foi expulso do partido pelo qual se elegeu, o PC do B.
(CN7)
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