quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

‘Doença do beijo’: riscos de contaminação podem aumentar no Carnaval

A mononucleose, também conhecida popularmente como “doença do beijo”, é uma patologia infecciosa que pode ser transmitida por secreções orais, relações sexuais ou transfusões de sangue. Não existe um período de incidência definido, o que faz com que algumas pessoas a confundam com gripe, febre, dor de gargantaou problemas respiratórios, principalmente em períodos chuvosos. Durante os festejos de Carnaval, porém, a frequência com a qual os contatos íntimos são mantidos aumentam a possibilidade de contágio.

De acordo com o infectologista Robério Leite, ela pode ser muito grave em pessoas com deficiência na imunidade, como as que fizeram algum tipo de transplantes de órgãos. O especialista afirma que o vírus da mononucleose pertence à família dos herpesvírus, entretanto não quer dizer o mesmo que herpes labial, uma infecção nos lábios e dentro da boca. 

Em países desenvolvidos, a “doença do beijo”, explica o médico, tem uma maior incidência em adolescentes. No Brasil, acontece mais nos quatro primeiros anos de vida de uma criança, geralmente na fase da pré-escola, quando ela fica muito tempo exposta ao contato com pessoas da mesma idade, compartilhando copos e colocando brinquedos na boca, por exemplo. 

Transmissão

Robério Leite atesta que tanto a incubação quanto a transmissão da patologia são variáveis. Os sintomas também são diversos, podendo durar em torno de uma semana ou mais. “O mais comum é febre moderada, mas pode ser elevada. Além disso, a pessoa pode ter dores na garganta e aparecer placas de pus, gânglios no corpo, principalmente no pescoço; erupções e manchas na pele. Pode haver, ainda, aumento no baço e inflamação no fígado, que só pode ser constatado por um especialista”, completa o infectologista. 

Ele atesta que não há antiviral para a doença, mas podem ser usados antitérmicos para controlar a febre. O paciente deve se manter sempre hidratado. Dependendo do caso, os médicos podem indicar o uso de corticóide, quando, por exemplo, há aumento nos gânglios, que pode que atrapalhar a respiração. 

Quando sentir os sintomas, é indicado que a pessoa procure um médico, que vai fazer o diagnóstico por meio de exames de sangue. Não há um tratamento específico para a doença, mas é recomendável que a pessoa infectada pelo vírus tenha repouso intenso e que faça ingestão de líquidos constantemente. Como medida de prevenção, é sugerido manter a higiene bucal e evitar o compartilhamento de objetos que se aproximem da boca, como pratos, copos e talheres. Com informações do Diário do Nordeste.

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