quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Namorado de travesti assassinado confessa o crime e diz que estava drogado e bêbado

A Polícia Civil considera esclarecida a morte de um travesti cujo corpo, com marcas de violência, foi encontrado na manhã do último domingo (18),na zona Sul de Fortaleza. O crime foi praticado pelo namorado da vítima, que já está preso. Em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o assassino confessou que estava drogado no momento em que discutiu com a vítima e passou a esfaqueá-la. Em seguida, fechou a casa onde os dois moravam e fugiu.

O travesti e cabeleireiro Flávio de Oliveira, 35 anos, conhecido por “Flávia”, foi encontrado morto em sua residência na Rua Oscar Romero, no bairro Planalto Ayrton Senna. A Polícia isolou o local do crime e a Perícia Forense (Pefoce) constatou que a vítima já estava morta há, pelo menos, três dias. O forte mau cheiro que exalava da residência fez os vizinhos desconfiarem de que algo de errado havia acontecido. Flávio foi assassinado com vários golpes de faca e teve alguns pertences roubados.

Na tarde de segunda-feira (19), logo após o feriadão da Proclamação da República, Francisco das Chagas decidiu se apresentar à Polícia e confessar o crime. Compareceu ao 8º DP (José Walter), de onde foi transferido para a sede do DHPP. Revelou na Polícia que namorava o cabeleireiro há cerca de dois meses e que passaram a viver juntos na casa no Planalto Ayrton Senna, onde também funcionava o salão de beleza da vítima.

Drogado e bêbado

Segundo ele, na última quinta-feira (feriado), os dois discutiram por ciúmes. Ele diz que “Flávia” ficou irritada ao descobrir que ele estava conversando através de um aplicativo no celular com uma garota. A discussão acabou em uma luta corporal, durante a qual Francisco teria se apoderado de uma faca que estava nas mãos de Flávia e desferiu vários golpes em “Flávia”. “Não sei quantas facadas dei, estava drogado”, insistiu. O assassino revelou ter ingerido bebidas e cocaína.

O DHPP descobriu, no entanto, que antes de fugir da casa, o assassino roubou o cartão bancário do travesti e no dia seguinte fez dois saques. A Polícia informou que trata o caso como um crime passional e, não, um caso de homofobia.

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