sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Golpista que oferecia cirurgias plásticas mais baratas é presa em Fortaleza

Foi presa mulher que aplicava golpe oferecendo cirurgia plástica por preços bem abaixo do mercado. Ela se apresentava como funcionária da equipe de cirurgia plástica do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e dizia conseguir cirurgias mais baratas. Pelo menos duas vítimas compareceram ao 1º DP para registrar queixa, além de dois médicos que tiveram os nomes usados.
A estimativa é de que cerca de 20 pessoas, do resto do Brasil e do exterior, tenham sofrido com a estelionatária Maria Josilene S. Boriz. As informações são do programa Barra Pesada, da TV Jangadeiro/SBT.
“Era o meu sonho como o de todas as mulheres (colocar silicone). Ela falava todo o tempo, antes dela receber o dinheiro, quase todos os dias conosco pra gente pagar pra depois ela marcar a cirurgia. Chegou até a nos encontrar na Santa Casa, levar a gente neste doutor, pagar consulta. Por isso que a gente tava acreditando. Ela fazia os procedimentos como se fosse verdade. Aí ela marcou a data da cirurgia. Minha irmã veio de Amsterdã para fazer a cirurgia. Fomos juntas ao Hospital Geral pra fazer. Ficamos 3h esperando lá, mas foi outra pessoa que recebeu a gente. Ela não tinha aparecido lá”, contou.
Uma das vítimas, inclusive, pediu para levar duas pessoas para ficar no quarto com elas e que o prejuízo das duas ficou em R$ 7.500 só contando o valor das supostas cirurgias. A paciente ainda acrescenta que Josilene se apresentava como funcionária da equipe de cirurgias plásticas do hospital.
“Ela se apresentava como funcionária do hospital. A gente chegava lá, era tudo por conta dela. Exame de sangue que ela mesma colheu no Hospital Geral. Chegava lá pedindo o nome dela e o hospital a chamava. Então, quer dizer que ela é lá de dentro, né?”, disse a vítima.
A mulher conta que só percebeu que se tratava de um golpe no dia da cirurgia. Josilene parou de responder às mensagens das vítimas, e uma das irmãs percebeu a armação. A estelionatária ainda chegou a dizer que devolveria o dinheiro, mas isso não ocorreu. Avisada de que um BO seria registrado, ela começou a fazer ameaças.
De acordo com o delegado Renê Andrade, do 1º DP, trata-se de um grupo criminoso que vem agindo na capital. O alvo era justamente mulheres que pretendiam realizar operações estéticas.
“Elas se infiltravam em grupos de redes sociais específicas de cirurgia plástica e através disso se aproximavam de pessoas que estavam querendo realizar esses procedimentos e ofertavam a essas pessoas oportunidades para que elas fizessem essas cirurgias em valores menores, dizendo que eram próximas de um cirurgião”, disse o policial.
Uma das vítimas conta ainda que Josilene usava nomes de médicos conhecidos para enganar as pessoas. Dois desses cirurgiões plásticos, bastante conhecidos, procuraram a delegacia para registrar queixa com histórias semelhantes: pacientes que buscaram suas clínicas, aguardando cirurgias que já haviam sido pagas. No entanto, os médicos não tinham conhecimento dos procedimentos.
A polícia esclarece que a mulher não é funcionária do hospital, mas trabalhou na área e conhece diversos profissionais de saúde. Ela foi presa e autuada em flagrante por crime de estelionato nesta quarta-feira (22), em casa, no bairro Álvaro Wayne. Também pode ser indiciada por exercício ilegal da profissão e falsa identidade.
As vítimas chegaram a pagar de R$ 3.000 a R$ 5.000. Elas são do Ceará, de outros estados do Brasil e também de países como Suíça e Holanda. Ainda não há indícios de que haja participação de funcionários do hospital.
“Nós temos já identificados pelo menos mais três mulheres mas existe a possibilidade de mais pessoas. Andréa, Landinha e Lu atuavam, trabalhavam no mesmo golpe junto com a Josilente. Elas faziam parte do mesmo esquema criminoso”.


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