Competidor de sinuca foi morto em ação policial
O motorista do veículo alvo de tiros da polícia no município de Campos Sales, no Ceará, Gutiely Pereira de Araújo, relatou que a morte do amigo, José Messias Guedes de Oliveira foi resultado de uma ação sem sentido da polícia. "O meu amigo foi morto pela falta de preparo dos policiais. Eu não sou militar, mas quando se faz uma abordagem e a pessoa não para, eu acho que o correto é atirar para cima, ou no máximo no pneu. Agora você disparar de frente para o carro, sem nem saber quem está dentro, já querendo matar e tudo isso por causa da denúncia de um civil", contou Gutiely. O caso aconteceu na noite desta terça-feira (1º).
O grupo parou em um posto de gasolina da região para lanchar e pedir informações. O frentista que trabalha no local, contudo, confundiu os tacos de sinuca que estavam dentro do carro com armas e acionou a polícia. Durante uma tentativa de abordagem, a polícia disparou diversas vezes contra o veículo.
A secretaria da Segurança Pública informou que equipes da Polícia Militar foram acionadas para verificar uma denúncia anônima de "homens em atividades suspeitas em um carro". Os militares avistaram o veículo na CE-371, iniciando uma perseguição. Segundo a nota, intermitentes e sinais sonoros foram ligados, mas o automóvel não reduziu a velocidade nem parou no posto rodoviário estadual de Campos Sales, sendo necessário montar um bloqueio na entrada da cidade. Quando o veículo acelerou em direção ao bloqueio, os PMs atiraram, conforme a nota.
José Messias foi atingido na região do abdômen. Outras duas pessoas que também estavam no veículo também foram feridas com tiro de raspão e estilhaços de vidro, mas passam bem. Apenas Gutiely não foi atingido. Os quatro amigos saíram de Patos, na Paraíba, e dirigiam-se a São Luiz, no Maranhão, onde participariam do 5º Campeonato Norte/Nordeste de Sinuca.
Tacos de sinuca dos jogadores
"Eu fico muito triste, porque depois de sair do posto de gasolina a gente ainda passou por um posto da Polícia Rodoviária Estadual e não fomos parados, a gente só seguiu viagem normalmente. Depois, quando vi a sirene, eu achei a coisa mais normal do mundo, porque uma sirene pode não ser só a polícia. Pode ser um carro dos bombeiros, uma ambulância. Jamais achei que fosse ser uma barricada da polícia pra gente, até porque tinha acabado de passar por um posto da PRE".
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