No mês em que se comemora o Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) é feito um alerta: estudos em todo o mundo apontam que o uso do tabaco provoca diversas doenças bucais. De acordo com o Departamento de Estomatologia do Hospital A. C. Camargo, mais conhecido como Hospital do Câncer, o cigarro é responsável por 95% dos casos de câncer de boca e os fumantes têm de três a quatro vezes mais chances de desenvolver a doença.
O cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 delas cancerígenas. Por isso, os especialistas alertam para a necessidade de avaliações periódicas com o dentista. Além disso, sempre que forem observadas feridas que não cicatrizam, deve-se procurar um profissional.
Menor oxigenação
De maneira geral, o cigarro e suas inúmeras substâncias, causam, entre outros efeitos, a menor oxigenação sanguínea, prejudicando a microvascularização sistêmica, incluindo a boca e as gengivas. "A agressão da fumaça favorece o desenvolvimento da doença periodontal e da halitose (mau hálito). Além disso, pode ocorrer a pigmentação das mucosas e dos dentes.
O hábito de fumar ainda prejudica o processo de cicatrização dos tecidos em pacientes submetidos a cirurgias de extração dentária, enxertos ou implantes", afirma Filipe Jaeger, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.
Ele destaca que as gengivas e a parte óssea da boca também são prejudicadas pela nicotina. "Um dos problemas que podem ser causados pelo cigarro é a doença periodontal, que atinge as gengivas e o osso alveolar, ou seja, todas as estruturas envolvidas na sustentação dos dentes. A evolução deste processo leva à perda dos dentes, devido à ação bacteriana e a inflamação de todas essas estruturas", alerta Jaeger.
De acordo com o especialista, uma das grandes preocupações em relação aos pacientes fumantes é o desenvolvimento do câncer de boca. Por isso, uma atenção especial deve ser dada às lesões que têm potencial de se transformarem em câncer (lesões potencialmente malignas). Algumas podem se apresentar como placas ou manchas brancas não destacáveis – não se soltam ao passar uma gaze, por exemplo, como é o caso da leucoplasia.
Essas lesões podem aparecer em várias regiões da boca, mais comumente na lateral da língua, no assoalho bucal (abaixo da língua), na mucosa jugal (parte interna das bochechas) e orofaringe (próximo à garganta). Além das manchas brancas, as lesões vermelhas (eritroplasias) também devem ser investigadas, pois apresentam altas chances de se tornarem malignas.
Diagnóstico e tratamento
Mais de 90% dos cânceres de boca e de garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda carcinomas epidermóides. Quando um tumor maligno é diagnosticado pelo estomatologista (especialista no diagnóstico das doenças de boca), o paciente é encaminhado e tratado por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologistas clínicos e radioterapeutas.
O dentista estomatologista também participa no manejo dos efeitos colaterais que aparecem na boca do paciente em tratamento oncológico. Eles acontecem principalmente em quem faz radioterapia na região da cabeça e do pescoço, quimioterapia e iodoterapia.
"O paciente precisa estar atento a lesões que persistem por mais de 15 dias, sem que ocorra cicatrização. Nesses casos, uma avaliação criteriosa deve ser realizada pelo especialista, podendo a biópsia ser indicada para o correto diagnóstico. Ao fazer uma visita ao dentista, ele pode avaliar não apenas a saúde dos dentes, mas se há sinais de outras doenças bucais, como o câncer de boca", afirma Jaeger.
O especialista ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer de boca para favorecer o tratamento e aumentar as chances de cura. Ele também recomenda que o paciente realize o autoexame, observando anormalidades e alterações nas partes interna da boca e lábios. "Alguns sintomas podem indicar problemas, como o endurecimento de algumas áreas, aparecimento de caroços, feridas e inchaços. Ao notar qualquer alteração na região, é importante que a pessoa consulte rapidamente um especialista para a realização de um exame mais detalhado", alerta.
"Pacientes que são diagnosticados precocemente têm chance de cura de mais de 90%, podendo chegar próximo aos 100%. Porém, casos diagnosticados tardiamente pioram bastante o prognóstico, diminuindo as chances para 20%. É essencial que qualquer paciente, especialmente os fumantes, façam consultas periódicas ao dentista, pelo menos, a cada seis meses. Assim, é possível acompanhar a saúde da boca e detectar eventuais problemas de maneira precoce", conclui Jaeger.
Para prevenir o câncer bucal, alguns hábitos devem ser evitados, sendo o fumo o principal deles, além de bebidas alcóolicas em excesso. Recomenda-se, também, manter uma alimentação saudável e higiene bucal adequada.Com informações do Diário do Nordeste.
O cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 delas cancerígenas. Por isso, os especialistas alertam para a necessidade de avaliações periódicas com o dentista. Além disso, sempre que forem observadas feridas que não cicatrizam, deve-se procurar um profissional.
Menor oxigenação
De maneira geral, o cigarro e suas inúmeras substâncias, causam, entre outros efeitos, a menor oxigenação sanguínea, prejudicando a microvascularização sistêmica, incluindo a boca e as gengivas. "A agressão da fumaça favorece o desenvolvimento da doença periodontal e da halitose (mau hálito). Além disso, pode ocorrer a pigmentação das mucosas e dos dentes.
O hábito de fumar ainda prejudica o processo de cicatrização dos tecidos em pacientes submetidos a cirurgias de extração dentária, enxertos ou implantes", afirma Filipe Jaeger, especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial.
Ele destaca que as gengivas e a parte óssea da boca também são prejudicadas pela nicotina. "Um dos problemas que podem ser causados pelo cigarro é a doença periodontal, que atinge as gengivas e o osso alveolar, ou seja, todas as estruturas envolvidas na sustentação dos dentes. A evolução deste processo leva à perda dos dentes, devido à ação bacteriana e a inflamação de todas essas estruturas", alerta Jaeger.
De acordo com o especialista, uma das grandes preocupações em relação aos pacientes fumantes é o desenvolvimento do câncer de boca. Por isso, uma atenção especial deve ser dada às lesões que têm potencial de se transformarem em câncer (lesões potencialmente malignas). Algumas podem se apresentar como placas ou manchas brancas não destacáveis – não se soltam ao passar uma gaze, por exemplo, como é o caso da leucoplasia.
Essas lesões podem aparecer em várias regiões da boca, mais comumente na lateral da língua, no assoalho bucal (abaixo da língua), na mucosa jugal (parte interna das bochechas) e orofaringe (próximo à garganta). Além das manchas brancas, as lesões vermelhas (eritroplasias) também devem ser investigadas, pois apresentam altas chances de se tornarem malignas.
Diagnóstico e tratamento
Mais de 90% dos cânceres de boca e de garganta são carcinomas de células escamosas, também chamados de carcinomas espinocelulares ou ainda carcinomas epidermóides. Quando um tumor maligno é diagnosticado pelo estomatologista (especialista no diagnóstico das doenças de boca), o paciente é encaminhado e tratado por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologistas clínicos e radioterapeutas.
O dentista estomatologista também participa no manejo dos efeitos colaterais que aparecem na boca do paciente em tratamento oncológico. Eles acontecem principalmente em quem faz radioterapia na região da cabeça e do pescoço, quimioterapia e iodoterapia.
"O paciente precisa estar atento a lesões que persistem por mais de 15 dias, sem que ocorra cicatrização. Nesses casos, uma avaliação criteriosa deve ser realizada pelo especialista, podendo a biópsia ser indicada para o correto diagnóstico. Ao fazer uma visita ao dentista, ele pode avaliar não apenas a saúde dos dentes, mas se há sinais de outras doenças bucais, como o câncer de boca", afirma Jaeger.
O especialista ressalta a importância do diagnóstico precoce do câncer de boca para favorecer o tratamento e aumentar as chances de cura. Ele também recomenda que o paciente realize o autoexame, observando anormalidades e alterações nas partes interna da boca e lábios. "Alguns sintomas podem indicar problemas, como o endurecimento de algumas áreas, aparecimento de caroços, feridas e inchaços. Ao notar qualquer alteração na região, é importante que a pessoa consulte rapidamente um especialista para a realização de um exame mais detalhado", alerta.
"Pacientes que são diagnosticados precocemente têm chance de cura de mais de 90%, podendo chegar próximo aos 100%. Porém, casos diagnosticados tardiamente pioram bastante o prognóstico, diminuindo as chances para 20%. É essencial que qualquer paciente, especialmente os fumantes, façam consultas periódicas ao dentista, pelo menos, a cada seis meses. Assim, é possível acompanhar a saúde da boca e detectar eventuais problemas de maneira precoce", conclui Jaeger.
Para prevenir o câncer bucal, alguns hábitos devem ser evitados, sendo o fumo o principal deles, além de bebidas alcóolicas em excesso. Recomenda-se, também, manter uma alimentação saudável e higiene bucal adequada.Com informações do Diário do Nordeste.
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