Foto: OAB
O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, disse nesta sexta-feira, 25, que "a greve dos caminhoneiros é consequência do desconcerto geral do País, agravado pela política abusiva de preços dos combustíveis". Em nota pública, a principal e mais influente entidade da Advocacia sustenta que "as altas constantes têm prejudicado todo o sistema produtivo e o cotidiano dos cidadãos". "A adoção dessa política, sem levar em conta seus efeitos sociais, inviabilizou a atividade dos responsáveis pela quase totalidade do abastecimento no País", afirma a OAB. Para Lamachia, "o direito à livre manifestação não comporta o sufocamento de outros direitos, como o de ir e vir e o de ter acesso à saúde, alimentação e segurança". "Na mesma linha, deve o governo lidar com a situação de forma a não agravar a tensão social nem as ofensas aos direitos fundamentais." A OAB recomenda ao governo que "diante das graves consequências já em curso, impõe-se, por parte do governo, que vá além de um simples pedido de trégua aos grevistas ou que se valha tão somente de medidas repressivas". "Desobstruir as estradas e normalizar o abastecimento é necessário, mas sem que a essência do protesto seja levada em conta, apenas aprofundará a crise."
por Julia Affonso e Luiz Vassallo | Estadão Conteúdo
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