Um estudo sobre os casos de assassinatos no Ceará mostrou que o tráfico de drogas é o principal crime praticado pelas vítimas que tinham passagens pela polícia, segundo dados divulgados nesta última terça-feira (14),pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Das 1.020 mortes entre janeiro e julho, quando o estudo do perfil das vítimas foi feito, 173 já haviam sido presas (16,9%). A informação é do G1 Ceará.
Nesses sete meses foram registrados, ao todo, 1.043 Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs). Deste total, 1.020 das vítimas já possuíam passagens pela polícia.
Os principais crimes praticados são: tráfico de drogas (173); porte/posse ilegal de armas de fogo (147); homicídio (84); ameaça (64); uso de drogas ilícitas (57); lesão corporal (42); tentativa de homicídio (17); latrocínio (5); tentativa de latrocínio (3). Outras 428 pessoas mortas praticaram outros crimes.
A SSPDS informou também que em alguns casos a vítima praticou o mesmo crime mais de uma vez ou mais de um crime.
O estudo mostrou ainda que 26% dos assassinatos no Ceará foram motivados por disputas entre grupos criminosos. Outros 11% das mortes foram por questões de tráfico de drogas. A SSPDS ainda não definiu a motivação de 48% dos assassinatos.
Crimes em vias públicas
A comissão de estudo do perfil das vítimas de CVLIs mostrou também que 80% dos assassinatos entre janeiro e julho foram praticados em vias públicas. Outros 12% dos crimes foram praticados em residência particular. As outras mortes ocorreram em praças, terreno baldio, campo de futebol e outros locais públicos.
Violência recorde
O Ceará registrou um recorde de violência: outubro deste ano foi o mês mais violento do estado, com 516 assassinatos. Este é o número mais alto de assassinatos desde que a SSPDS adotou a metodologia de contagem por CVLI, que inclui homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte.
De janeiro a outubro deste ano, foram 4.211 assassinatos em todo o Ceará, 51% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 2.789 mortes violentas.
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