O açúcar pode ser ruim não só para seus dentes e sua cintura, mas também para sua saúde mental, afirmou nesta quinta-feira (27), um estudo que foi recebido com ceticismo por outros especialistas.
Pesquisadores da University College London (UCL) compararam a ingestão de açúcar relatada com o humor de mais de oito mil pessoas em um estudo britânico de longo prazo.
Os participantes do estudo, funcionários públicos, foram monitorados de 1985 a 1988, e depois desse período preencheram um questionário periodicamente.
Os pesquisadores analisaram os dados desse estudo em busca de uma associação entre a ingestão de açúcar e "transtornos mentais comuns" (CMD), como ansiedade e depressão.
A equipe da UCL encontrou "uma maior probabilidade" dos homens que consumiam mais alimentos e bebidas doces desenvolverem CMD após cinco anos, assim como um "efeito adverso" geral na saúde mental para ambos os sexos.
Eles concluíram, em um estudo publicado na revista Scientific Reports, que "uma menor ingestão de açúcar pode estar associada a uma melhor saúde psicológica".
Mas a nutricionista Catherine Collins, porta-voz da British Dietetic Association, disse que esta recomendação "não era comprovada".
Os problemas do estudo, disse, incluíam que o consumo de açúcar era relatado pelo próprio paciente e que a ingestão de açúcar a partir do álcool não era registrada.
Os pesquisadores, segundo ela, pareciam confundir o açúcar naturalmente presente em alimentos como o leite com os "açúcares livres", adicionados a bebidas ou em doces.
"A análise da dieta torna impossível justificar as afirmações audaciosas feitas pelos pesquisadores sobre o açúcar e a depressão nos homens", disse Collins por meio do Science Media Center, em Londres.
"Reduzir a ingestão de açúcares livres é bom para seus dentes, e pode ser bom para o seu peso, também. Mas como proteção contra a depressão? Não está provado", acrescentou.
O especialista em nutrição Tom Sanders concordou que os resultados devem ser interpretados "com cautela".
"Do ponto de vista científico, é difícil ver como o açúcar nos alimentos teria um impacto diferente de outras fontes de carboidratos na saúde mental, pois ambos são divididos em açúcares simples no intestino antes da absorção", disse. AFP
Pesquisadores da University College London (UCL) compararam a ingestão de açúcar relatada com o humor de mais de oito mil pessoas em um estudo britânico de longo prazo.
Os participantes do estudo, funcionários públicos, foram monitorados de 1985 a 1988, e depois desse período preencheram um questionário periodicamente.
Os pesquisadores analisaram os dados desse estudo em busca de uma associação entre a ingestão de açúcar e "transtornos mentais comuns" (CMD), como ansiedade e depressão.
A equipe da UCL encontrou "uma maior probabilidade" dos homens que consumiam mais alimentos e bebidas doces desenvolverem CMD após cinco anos, assim como um "efeito adverso" geral na saúde mental para ambos os sexos.
Eles concluíram, em um estudo publicado na revista Scientific Reports, que "uma menor ingestão de açúcar pode estar associada a uma melhor saúde psicológica".
Mas a nutricionista Catherine Collins, porta-voz da British Dietetic Association, disse que esta recomendação "não era comprovada".
Os problemas do estudo, disse, incluíam que o consumo de açúcar era relatado pelo próprio paciente e que a ingestão de açúcar a partir do álcool não era registrada.
Os pesquisadores, segundo ela, pareciam confundir o açúcar naturalmente presente em alimentos como o leite com os "açúcares livres", adicionados a bebidas ou em doces.
"A análise da dieta torna impossível justificar as afirmações audaciosas feitas pelos pesquisadores sobre o açúcar e a depressão nos homens", disse Collins por meio do Science Media Center, em Londres.
"Reduzir a ingestão de açúcares livres é bom para seus dentes, e pode ser bom para o seu peso, também. Mas como proteção contra a depressão? Não está provado", acrescentou.
O especialista em nutrição Tom Sanders concordou que os resultados devem ser interpretados "com cautela".
"Do ponto de vista científico, é difícil ver como o açúcar nos alimentos teria um impacto diferente de outras fontes de carboidratos na saúde mental, pois ambos são divididos em açúcares simples no intestino antes da absorção", disse. AFP
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