segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Temer cortou R$ 18 milhões no orçamento da UFC, é o primeiro corte em 13 anos


O setor de obras e compras de bens, máquinas e equipamentos será o mais afetado. Sem reajuste inflacionário, assistência estudantil e contratos de manutenção podem ser prejudicados Dezoito milhões de reais serão cortados do limite orçamentário de 2017 da Universidade Federal do Ceará (UFC). Isso representa uma redução de 12,34% do recurso destinado à universidade, comparando com a lei orçamentaria deste ano. Desde 2003, a UFC, assim como as demais universidades públicas do País, não passava por arroxo na folha. "Desde 2015, passamos por um contingenciamento, mas não havia cortes.O impacto é considerável, porque a gente vem de um processo de expansão, e é preciso verba para consolidar. A UFC vai ter de se reinventar para conseguir se adaptar a esse limite", lamenta o professor Augusto Albuquerque, coordenador de Planejamento e Gestão da Pró-Reitoria de Planejamento da UFC. O corte foi confirmado pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle (Simec) do Governo Federal. Haverá redução nas despesas de livre movimentação (verbas cuja finalidade é definida pela própria universidade), em que não estão incluídos os gastos com folha de pessoal, nem os limites vinculados a programas. A proposta orçamentária de 2016 prevê R$ 147,2 milhões de gastos com livre movimentação, ao passo que, para o ano que vem, o limite será de R$ 129,1 milhões. Conforme explica Albuquerque, o impacto do corte acontece principalmente nos gastos com investimento (as obras e compras de bens, máquinas e equipamentos). Segundo levantamento, o setor deve ter orçamento reduzido em 46,3%. O custeio (manutenção de atividades já desenvolvidas) e as verbas previstas para programas, como o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) - que tem orçamento de R$ 25,3 milhões - não sofrem grandes perdas. "Porém, não há reposição inflacionária", aponta o coordenador. Por isso, de acordo com a UFC, essas pastas podem ser prejudicadas, principalmente, no que diz respeito à política de expansão e inclusão, em processo nos últimos anos, que geram aumento de demanda de assistência estudantil. De 2007 a 2015, o número de estudantes residentes, conforme a UFC, aumentou 69,2% e o de refeições servidas nos restaurantes universitários, 331%. O POVO

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