Governador quer providências imediatas para coibir os atentados
Com as mãos na cabeça e sem saber o que fazer diante da grave crise de insegurança pública no Estado, o governador Camilo Santana (PT) convocou, no fim da manhã desta quinta-feira (21), uma reunião de emergência em seu gabinete, no Palácio da Abolição.
Com ele, estão reunidos desde o meio-dia os secretários da Segurança Pública, Delci Teixeira; e o de Justiça, Hélio Leitão; além do chefe da Casa Militar, os comandantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o chefe da Polícia Civil e seus assessores e representantes de órgãos considerados “forças amigas”, como a Polícia Federal PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), além de representantes da Justiça e do Ministério Público.
Com a cabeça “inchada”, diante de tantos atentados, da retomada dos assassinatos em alta escala no Estado e do caos no Sistema Penitenciário, além dos últimos episódios e ataques contra policiais, o governador tenta uma das últimas cartadas para evitar uma exoneração coletiva dos gestores das duas secretarias.
Três fatos ocorridos nas últimas 48 horas levaram Camilo Santana a tomar a decisão de chamar seus secretários e assessores para dar um ultimato. O primeiro foi a decisão de várias entidades associativas de policiais em pedir a “cabeça” (exoneração) de Delci e Leitão, e dos chefes das duas polícias (Civil e PM).
O segundo fato, um crime de execução sumária que deixou três pessoas mortas na porta do Quartel da PM na cidade de Quixadá (o 9º BPM), na última terça-feira, onde o governador esteve e prometeu à população dar um basta na violência depois do assassinato de três policiais no fim do mês passado. Camilo já tinha até agendado voltar àquele Município no próximo sábado (23) para inaugurar uma base do Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio).
Agora, está receoso de ir cumprir o compromisso.
E para esgotar a paciência do governador, o fato ocorrido na madrugada de hoje (21), quando bandidos invadiram uma delegacia da Polícia Civil – na cidade de Horizonte – e mataram dois presos. Some-se a isto, a sequência de atentados contra policiais e a invasão e morte ocorridas dentro de um hospital na cidade de Cascavel, no último domingo.
Afronta
Se sentindo desmoralizado diante da população, e sendo afrontado publicamente pelas facções criminosas, Camilo Santana, provavelmente, não dará uma “segunda chance” a Delci Teixeira, Hélio Leitão, comandante da PM (coronel Geovani Pinheiro) e ao delegado geral da Polícia Civil (Andrade Júnior), além de todos os assessores. ////blogdofernandoribeiro.com.br
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