quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Conta de luz pode subir 15% em 2016



Vilão da inflação em 2015, com alta de 47,74% de janeiro a setembro, o custo da energia deve voltar a ser fator de preocupação no próximo ano. As incertezas quanto ao resultado do leilão para relicitar hidrelétricas antigas, marcado para 6 de novembro, a alta do dólar, os efeitos do socorro às distribuidoras e até mesmo o impacto do fenômeno El Niño sobre o regime de chuvas são algumas das fontes de pressão sobre as tarifas em 2016. Com base nestes itens, cálculo da consultoria Safira Energia indica que o reajuste anual médio no próximo ano deve ficar entre 10% e 15%.
O leilão de usinas antigas é um dos desafios. Ele representará um custo de geração de energia maior porque, pelos critérios definidos pelo governo para arrecadar R$ 17 bilhões em bônus de assinatura até 2016, o preço da energia passará a ser maior do que os cerca de R$ 37 por Megawatt-hora (Mwh) que o consumidor paga atualmente. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, se o leilão das 29 usinas sair pelo preço-teto definido no edital, os preços de geração da energia ficariam acima de R$ 37.
Segundo fontes, o custo dos 6 mil MW gerados pelas usinas deve superar R$ 100 por Mwh. O valor só será incorporado às tarifas após o leilão.
Outro elemento a pressionar a tarifa é a variação cambial. As distribuidoras que tiveram reajuste autorizado no primeiro semestre sentiram pouco o efeito da alta do dólar, que se intensificou nos últimos meses. É no próximo ano, portanto, que parte dos consumidores perceberá o efeito da variação da moeda americana na conta de luz. O aumento na tarifa como resultado do dólar tem impacto maior nas regiões Sul e Sudeste, que compram energia de Itaipu, usina binacional com tarifa dolarizada.   (O Globo)     

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