quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Cinturão das águas terá aporte de R$ 40 mi do BNDES



No trecho das obras de números 4 e 5, que atingem comunidades de Crato,
os serviços estão adiantados e deverão ser agilizados a partir de agora, caso
a promessa de aumento de repasses financeiros se concretize.
FOTO: ELIZÂNGELA SANTOS
Mesmo com a dificuldade no repasse de recursos do Governo Federal para o projeto do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), não há perspectiva de paralisação das obras, segundo o secretário de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira. Continuam sendo executados serviços em áreas consideradas prioritárias, incluindo o lote 1, na parte mais próxima da barragem de Jati, que receberá, até setembro do próximo ano, as águas da transposição do Rio São Francisco, e, no lote 5, com menor número de trabalhadores. São construídos nove túneis, com mais de 5 quilômetros. Até setembro, o CAC receberá um aporte do Governo do Estado, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 40 milhões.
No próximo mês, segundo a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH), deverão ser injetados pela União, cerca de R$ 20 milhões. Os repasses atuais são em torno de R$ 10 milhões. A obra conta nos dois trechos onde estão sendo realizados os serviços, com 1.163 trabalhadores, a maioria de 802 pessoas no lote 1, que dá prioridade aos 38 Km dos 150 Km da primeira etapa do projeto do Cinturão das Águas, iniciado em 2013 e que deveria estar pronto em 24 meses. Os trechos mais prejudicados serão os que incluem os lotes 3 e 4. Segundo Teixeira, a meta é que, em 2016, as dificuldades de repasses sejam minimizadas. Os novos aportes de recursos serão para as empresas.
O projeto já empregou, desde 2013, mais de 3 mil pessoas. O investimento total é de R$ 6,8 bilhões. Na primeira etapa, estão previstos gastos de R$ 1,6 bilhão, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A crise de investimentos e a quebra nos repasses motivam a lentidão no avanço as obras. O secretário ressalta que, pela magnitude do Cinturão das Águas, para chegar à sua conclusão, o projeto deverá passar por cinco administrações. "Estamos diante de dificuldades no Brasil, que acabam refletindo nos estados", explica Teixeira. Ele esclarece que o CAC não tem relação com o abastecimento da Capital.
Conforme o secretário, as águas da transposição serão recebidas no Ceará na Barragem de Jati (em conclusão), e dali derivarão para a Barragem Atalho (já existente). Em seguida, Barragem dos Porcos, em Brejo Santo, também em fase de conclusão, derivando para o Rio Salgado, que é tributário do Rio Jaguaribe e que abastece o Castanhão. Depois, passam pelo Eixão das Águas até a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Essas águas, chegadas por esse caminho, abastecerão as comunidades instaladas nos vales do Salgado, médio e baixo Jaguaribe, bem como a RMF.
Ele ainda ressalta que as obras da transposição seguem em ritmo normal. São 10 mil pessoas trabalhando, inclusive com turnos de 24 horas.       (Diário do Nordeste)

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