Elas, que recorreram à prática recentemente, falam sobre barreiras que as impedem de andar sem a parte de cima do biquíni nas praias daqui.
Ariadna, Maria Melilo, Solange Gomes e Mulher Melão: adeptas do toples
Esta semana, Maria Melilo desfilou em Ibiza sem a parte de cima do biquíni e, sem o menor pudor, postou foto do registro nas redes sociais, recebendo uma chuva de elogios. Dias depois, a ex-BBB Ariadna também fez topless na França e mostrou seu momento de liberdade para os seguidores. As duas deram o que falar, mas são só dois exemplos de musas que curtem a prática, mas só conseguem ir à praia, digamos, mais à vontade quando estão fora do Brasil.
Já a também ex-BBB Ariadna vai além e fala que um dos principais impedimentos para fazer o topless por aqui é a cultura do brasileiro. “Nunca fiz topless no Brasil e nem daria para tentar. Infelizmente, existem dois tipos de pessoas por lá: as que acham uma pouca vergonha e os tarados, que deixariam as mulheres constrangidas”, diz ela, que mora na Itália.“No Brasil não dá, é proibido. Então as pessoas ficam chocadas quando veem. Quando vão a Ibiza, principalmente as mulheres, começam a pensar diferente”, diz Maria Melilo lembrando que a prática pode ser enquadrada no artigo 233 do Código Penal Brasileiro, que considera crime praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público, e que prevê pena de três meses a um ano de detenção ou multa.
Ela acrescenta ainda que o topless devia ser encarado como uma prática natural, uma sensação de liberdade a ser aproveitada e não um desfile de moda: “Acho que a pessoa, primeiramente, não pode se sentir escrava. Cada um é do jeito que é. Não tem que ter vergonha do próprio corpo em nenhuma circunstância".
solange gomes (Foto: Reprodução/Instagram)
Topless no carnaval ou em point gay
Solange Gomes, musa dos anos 90 e adepta da prática, também destaca a hipocrisia do brasileiro quando o assunto é topless, e lembra que, para desfilar mais à vontade na praia, tinha que recorrer a points gays ou praias de nudismo para não ser incomodada.
Solange Gomes, musa dos anos 90 e adepta da prática, também destaca a hipocrisia do brasileiro quando o assunto é topless, e lembra que, para desfilar mais à vontade na praia, tinha que recorrer a points gays ou praias de nudismo para não ser incomodada.
“Fazia em pontos ‘gays’ da praia para me sentir mais à vontade. Não teria coragem de fazer em lugares onde têm famílias. Tenho certeza que seria importunada pelos homens. Brasileiro se diz liberal, mas é preconceituoso”, diz ela, acrescentando ainda que, no carnaval, o nu é encarado como fantasia: “É como se você estivesse encarnando um personagem. Talvez por isso não impliquem ou proíbam”, diz.
Mulher Melão: ela é a favor da liberação
Modinha e vergonha do corpo
Renata Frisson, a Mulher Melão, também recorre a praias de nudismos para fazer seu topless. Mas torce para que a prática seja liberada em todas as praias.
Renata Frisson, a Mulher Melão, também recorre a praias de nudismos para fazer seu topless. Mas torce para que a prática seja liberada em todas as praias.
“Aqui é tabu. Tem tanta coisa mais importante para ser proibida e fiscalizada, mas o povo se incomoda com uma coisa tão natural. Gosto de liberdade”, diz .
Já Laura Keller convoca a todas as mulheres a terem peito de expor suas vontades por aqui. “Infelizmente, existe essa hipocrisia. Muitas pessoas acham um absurdo fazer aqui, mas quando chegam em Ibiza querem fazer por ‘modinha’. Se a maioria achar normal, será liberado”, diz ela, que é adepta.
Ariadna Arantes (Foto: Reprodução/Instagram)
Maria Melilo (Foto: Arquivo Pessoal)
Laura Keller: coragem de fazer aqui e no exterior (Foto: Paulo Fontes / Divulgação)
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