O Governo Federal está impondo restrições a novos contratos e renovações. Instituições têm prejuízos e milhares de alunos podem ficar sem o financiamento
O
Brasil terá aproximadamente meio milhão de novos alunos a menos com
Financiamento Estudantil (Fies) em relação ao ano passado. Em 2014, o
benefício do Governo Federal a estudantes de faculdades privadas gerou
732.242 novos contratos. Em 2015, a estimativa do Ministério da Educação
(MEC) em 250 mil novos contratos, conforme O POVOapurou com uma fonte
do setor educacional. Com isso, serão 480 mil novos contratos a menos em
relação a 2014.
Além
do sistema do Fies estar lento e travando, conforme relatos ao O POVO,
um aviso começou a ser exibido para novas inscrições: “Limite de vagas
para esse Campus/IES esgotado”.
Já
há milhares de alunos que pagaram a matrícula para garantir a vaga no
ensino superior, com a expectativa de conseguir o Fies, mas não
conseguiram, revelou a fonte. Afirmou que muitos são de baixa renda e
não podem pagar as mensalidades.
Para veteranos, o Governo havia garantido verbalmente que iria renovar todos os contratos. Mas impôs às instituições de ensino que somente financiaria o valor das mensalidades reajustadas em até 6,41%. Ou seja, se a instituição reajustasse os valores da
mensalidades mais do que 6,41%, o aluno não conseguiria 100% de
financiamento do curso. Assim, as instituições teriam o reajuste
limitado pelo MEC. “A inflação é da ordem de 7%; o dissídio dos
professores do ceará, 7,3% e a conta de energia teve reajuste de 22%”,
ressalta.
Decisão contra o MEC
A
limitação de financiamento gerou mais de 20 ações judiciais em todo o
Brasil contra o MEC. O argumento é que nem o Ministério, nem o Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Fies, podem
limitar os preços na educação privada.
Ontem,
duas decisões judiciais foram tomadas em favor das instituições de
ensino superior, contra o MEC. Ambos na Justiça Federal em primeira
instância. Uma delas foi em Sergipe, pela juíza Telma Maria Santos
Machado. A outra, em Rondônia, pelo juíz Herculano Martins Nacif.
Ambos
deferiram antecipação de tutela para que as IES possam realizar
reajuste sem a limitação dos 6,41%. A Lei que rege o reajuste das
anuidades ou semestralidades na educação é a 9.870/99.
No Ceará
O
presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do
Ceará (Sinepe), Airton Oliveira, ressalta que cerca de 64% das
matrículas realizadas no ensino superior no Ceará são nas faculdade
privadas.
“O
MEC não diz quando vai atender nem se vai atender o aluno veterano. Há
incertezas também quanto aos novos. Muitos vão ficar de fora mesmo”,
queixa-se Airton. Ele ressalta haver uma demanda reprimida muito grande
de alunos que saem do ensino médio.
Multimídia
Veja as decisões contra o MEC
Documentos: AQUI
Fonte: O Povo
Últimas notícias: Youssef diz que Lula e Dilma sabiam de repasses na Petrobras
Brasília - O doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento na Operação Lava Jato, que a presidenteDilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham
conhecimento da "estrutura que envolvia a distribuição e repasse de
comissões" na Petrobras. Durante o processo de delação premiada, Youssef
afirmou que "tanto a presidência da Petrobras como o Palácio do
Planalto" sabiam do esquema.
Questionado
sobre a quem se referia ao mencionar Palácio do Planalto, Youssef citou
os nomes de Lula, Dilma, e parte da cúpula do governo do ex-presidente:
Gilberto Carvalho, Gleisi Hoffmann, Antonio Palocci, José Dirceu, Ideli
Salvatti e Edison Lobão.
O
trecho da delação de Youssef que cita Lula e Dilma aparece no pedido de
abertura de inquérito encaminhado pela Procuradoria-Geral da República
para investigar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). O procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, descartou a possibilidade de investigar a
presidente Dilma Rousseff.
"Em
complementação ao termo de declarações realizado na data de ontem, o
declarante gostaria de ressaltar que tanto a presidência da Petrobras,
quando o Palácio do Planalto tinham conhecimento da estrutura que
envolvia a distribuição e repasse de comissões no âmbito da estatal",
relatam os investigadores sobre o depoimento de Youssef.
Na
sequência, explicam: "Indagado quanto a quem se referia em relação ao
termo 'Palácio do Planalto', esclarece que tanto a presidência da
República, Casa Civil, Ministro de Minas e Energia, tais como Luiz
Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi
Hoffmann, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e Edison Lobão,
entre outros relacionados".
As
evidências apontam, segundo a Procuradoria, que Gleisi recebeu R$ 1
milhão em agosto de 2010 para custear sua campanha. As investigações
demonstram "que o apoio político aos operadores do esquema de contratos
ilegais e corrupção de agentes públicos mantidos no ambiente da
Petrobras era algo imprescindível", aponta a peça da PGR. A petista será
investigada por suposta prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: exame.abril.com.br
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