Um novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico nesta terça-feira mostra a execução do piloto jordaniano que havia sido sequestrado no final de dezembro. Em mais uma prova da selvageria do grupo terrorista, as imagens mostram o piloto sendo queimado vivo dentro de uma jaula. O vídeo ainda não teve sua autenticidade verificada. A TV estatal jordaniana divulgou a informação de que o piloto foi morto no dia 3 de janeiro.
Moaz Kasasbeh foi levado pelos jihadistas quando o avião que pilotava caiu perto de Raqqa, na Síria, tida como a principal base do Estado Islâmico. O piloto estava em uma missão da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo. O vídeo divulgado nesta terça começa com imagens do envolvimento da Jordânia nos ataques aéreos em territórios controlados pelos jihadistas no Iraque e na Síria, informou o New York Times. A execução brutal do piloto de 26 anos ocorre no final. Até esta terça, todos os vídeos do grupo terrorista com reféns mostravam decapitações.
Vítima |
A Jordânia tentou assegurar a liberação do refém em troca de uma terrorista presa no país. A possibilidade de troca foi levantada pelo próprio Estado Islâmico em um vídeo divulgado no dia 24 de janeiro, no qual era anunciada a execução de um dos reféns japoneses que estava nas mãos dos jihadistas, Haruna Yukawa. O outro refém, Kenji Goto, aparecia segurando uma foto do compatriota decapitado e dizendo que os terroristas não queriam mais dinheiro, mas a libertação da iraquiana Sajedah Rishawi.
A terrorista foi condenada por participar de um ataque suicida na capital Amã em 2005 que deixou vários mortos. O atentado foi organizado pelo marido de Sajedah. Os dispositivos que ela levava junto ao próprio corpo falharam. O governo jordaniano sinalizou que poderia fazer a troca da mulher pelo piloto, o que já seria uma enorme concessão aos terroristas. Mas o EI falava apenas em liberar o refém japonês, que acabou também sendo executado, no último sábado. Os jihadistas também não deram uma prova de que Kasasbeh estava vivo, como foi exigido pela Jordânia.
Fonte: Veja
Últimas notícias: deputado que teve assessor preso com dinheiro na cueca é o novo líder do governo Dilma
Henrique Fontana cai por causa da eleição de Eduardo Cunha; José Guimarães quer "recompor pontes" com todos os partidos da base
BRASÍLIA - Dois dias depois da eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara, o líder do governo na Casa, deputado Henrique Fontana (PT-RS) admitiu, nesta terça-feira, que perdeu as condições políticas para continuar nessa função. Ele foi substituído pelo deputado José Guimarães (PT-SP), que teve um assessor preso com dinheiro na cueca, em 2005.
— Eu atuei muito pela eleição do Arlindo (Chinaglia). Eu entendi que a função de líder do governo demanda conversas diárias, às vezes duas, três vezes por dia, com o presidente da Casa. E eu entendi que a circunstância política atual indica que o meu não é o melhor nome para esse momento, a partir da vitória do presidente Eduardo Cunha. Eu sei que fiz uma escolha, eu fui para o centro do esforço para eleger o Arlindo — afirmou Fontana, em entrevista coletiva.
Fontana mergulhou na campanha derrotada do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara e se indispôs com Cunha, que acabou eleito com folga.
Com a indicação de José Guimarães, Dilma pretende compensar a corrente majoritária do PT, a ‘Construindo um Novo Brasil’, que perdeu espaço no ministério. Henrique Fontana faz parte da corrente ‘Mensagem ao Partido’.
José Guimarães disse que fará esforços para "recompor as pontes" procurando todos os partidos originalmente da base aliada. Segundo ele, a eleição da Câmara é "página virada" que tem como missão recompor a base, com respeito e diálogo entre os partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff.
— Minha disposição é estender a mão. Trabalhar com humildade, espírito público e diálogo. Teremos uma ano duro, difícil, temos que ter muita solidariedade dos partidos da base. O tamanho da base será determinado pelas condições políticas. Quanto maior, melhor — disse Guimarães.
Segundo o novo líder, Eduardo Cunha já deu sinais de abertura ao diálogo com o governo e minimizou a votação da PEC do Orçamento Impositivo.
— O orçamento impositivo já estava dado. Vamos conviver com isso — acrescentou Guimarães.
O novo líder do governo disse que não ouviu petistas defendendo a saída do ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) e que não pretende "liderar o governo olhando pelo retrovisor".
Irmão do ex-presidente nacional do PT José Genoino, José Guimarães ganhou notoriedade com a prisão do seu assessor José Adalberto Vieira da Silva com US$100 mil encontrados na cueca, no aeroporto de São Paulo. Ele também foi acusado de quebra de decoro por ter recebido R$250 mil do mensalão, Mas foi absolvido do processo de cassação por 23 votos contra 16 pelo plenário da Assembléia Legislativa.
O Ministério Público Federal apontou o deputado como o beneficiário do dinheiro apreendido. Além do dinheiro na cueca, o assessor do deputado carregava R$209 mil numa mala. Na ocasião o MPF concluiu que o dinheiro era propina paga pelo consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste (STN) para obter facilidades no recebimento de um empréstimo de R$300 milhões do Banco do Nordeste do Brasil, para a construção de uma linha de transmissão de energia elétrica ligando as cidades de Teresina (PI) a capital cearense.
Fonte: Oglobo.globo.com
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