Um indiano, tomado pelo ódio e espírito de vingança, decidiu torturar e
assassinar o estuprador de sua filha de 14 anos. Em relato ao
MailOnline, o homem de 36 anos disse que atraiu o estuprador até sua
casa, em Delhi, e preparou um jantar antes de entregar-lhe um comprimido
para dormir. Após isso, as sessões de tortura começaram. "Inicialmente,
eu não queria matá-lo e lhe pedi que, tranquilamente, deixasse a minha
casa e minha vida, mas ele me provocou.
Eu fiquei muito, muito irritado e perdi a cabeça. Eu enrolei uma toalha
em volta do pescoço dele, amarrei suas mãos e o arrastei para o chão.
Acendi a chama do fogão e esquentei pinças de ferro”, relatou. "Eu
pensei que ele estava morto, mas ele ainda estava respirando, então com
uma mão eu o estrangulei e coloquei a pinça aquecida em seus órgãos
genitais. Ele gritou muito alto, por isso que eu coloquei uma parte da
toalha em sua boca para silenciar seu ruído. Eu queimei seus órgãos
genitais uma segunda vez, seu corpo se retorcia e eu estava tão
enfurecido que eu fiz isso uma terceira vez consecutiva. Depois de algum
tempo ele parou de respirar e caiu no chão", completou o indiano, em um
relato cruel e assustador. O pai de seis filhos, que não teve o nome
divulgado para proteger sua identidade, é da região de Khajuri Khas, e
foi tomado pelo espírito de vingança após ter visto sua filha sofrer em
suas mãos. "Eu o matei para vingar o que ele fez com a minha filha. Ele
estragou sua infância”. Ele, então, entregou-se à polícia que o prendeu e
acusou-o por assassinato. No país, o crime prevê uma pena máxima de 25
anos na prisão. "Eu poderia ter fugido e até mesmo destruído o corpo,
mas ao invés disso eu fui para a polícia depois de três horas e
disse-lhes sobre o que eu tinha feito. Ele era uma mancha na sociedade e
uma ameaça constante para as mulheres”, finalizou o pai da garota. O
estuprador assassinado era um inquilino do pai da menina, e supostamente
atacou-a quando ele a encontrou sozinha em casa, ameaçando matá-la caso
ela contasse a alguém. Ela acabou confessando a seu pai, que guardou o
segredo para si mesmo por dois meses, com medo que a revelação manchasse
a honra de sua filha e de sua família. O número de estupros relatados
na Índia sobe de forma assustadora a cada ano, nos últimos cinco anos,
de acordo com o Ministério do Interior do país. A frequência de relatos
de ataques contra meninas com idades entre 14 e 18 anos quase triplicou
nesse período. Ativistas dizem que isso poderia ser, em parte, reduzido
caso houvesse uma maior conscientização que inspire mais mulheres a
denunciarem a violência sexual. De acordo com Mandakini Surie, uma
oficial sênior do programa Fundação Ásia, é preciso que muito mais seja
feito no país. "Apesar do progresso econômico rápido que a Índia tem
feito ao longo da última década, continua a ser - social e culturalmente
- uma sociedade profundamente patriarcal. As vítimas que relatam,
enfrentam retaliações sociais, encontrando dificuldades, em muitos
casos, para encontrar um emprego, casar e viver uma vida plena”, disse,
comprovando que as mulheres ainda são hostilizadas na Índia, sendo
necessária uma mudança na mentalidade das pessoas no país.
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