Congresso tenta votar projeto do governo desde o dia 26 de novembro.
Texto-base foi aprovado, mas o Congresso ainda não concluiu votação.
A votação do texto-base projeto que altera a meta fiscal do governo para 2014 foi marcada por adiamentos, discussões e tumulto.
A tentativa de iniciar a análise do projeto começou em 26 de novembro - um dia após o Congresso concluir a análise de vetos da presidente que trancavam a pauta - , mas por falta de quórum a
meta fiscal não foi colocada em votação. Uma sessão para discutir o
projeto foi marcada para 2 de dezembro pelo presidente do Congresso,
senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Confusão
A sessão marcada para terça-feira (2), teve de ser suspensa. O motivo foi um tumulto iniciado depois que Renan Calheiros determinou a retirada das galerias de manifestantes contrários ao projeto.
Ele deu a determinação à Polícia Legislativa após a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) protestar contra supostas ofensas à senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que discursava da tribuna. De acordo com a deputada, a senadora foi xingada de "vagabunda" por manifestantes, mas, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), eles gritavam "Vai para Cuba". Parlamentares foram até o local para impedir que os agentes efetuassem a retirada e houve empurra-empurra.
A sessão marcada para terça-feira (2), teve de ser suspensa. O motivo foi um tumulto iniciado depois que Renan Calheiros determinou a retirada das galerias de manifestantes contrários ao projeto.
Ele deu a determinação à Polícia Legislativa após a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) protestar contra supostas ofensas à senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que discursava da tribuna. De acordo com a deputada, a senadora foi xingada de "vagabunda" por manifestantes, mas, segundo o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), eles gritavam "Vai para Cuba". Parlamentares foram até o local para impedir que os agentes efetuassem a retirada e houve empurra-empurra.
Um dos presentes desmaiou nas galerias e acusou um dos seguranças da
Casa de usar uma arma de choque para imobilizá-lo. A aposentada Ruth
Gomes de Sá, de 79 anos, que também estava no local levou uma 'gravata'
ao ser retirada das galerias. Ela, que é ligada ao PSDB, prestou queixa na polícia contra a truculência.
Com o tumulto, o presidente decidiu retomar os trabalhos na manhã desta quarta-feira (3).
Maratona
Para a continuidade da reunião, Renan Calheiros fechou o acesso às galerias do plenário, o que provocou protesto do lado de fora do Congresso. Um cordão foi montado na área externa do Congresso, mas mesmo assim houve confusão logo após a chegada do senador Aécio Neves (PSDB). Manifestantes tentaram furar o bloqueio e acessar o prédio.
Para a continuidade da reunião, Renan Calheiros fechou o acesso às galerias do plenário, o que provocou protesto do lado de fora do Congresso. Um cordão foi montado na área externa do Congresso, mas mesmo assim houve confusão logo após a chegada do senador Aécio Neves (PSDB). Manifestantes tentaram furar o bloqueio e acessar o prédio.
O cantor Lobão chegou ao Congresso por volta do meio-dia, 1h30 após a
retomada da sessão, e conseguiu acesso. "É inadmissível o pessoal não
entrar. Isso é uma ditadura. Se eu entrar, todo mundo tem que entrar. Se
eu entrar com privilégio, eu sou o presidente e não o povo brasileiro",
protestou.
Por volta das 18h30, o Congresso Nacional decidiu manter os dois vetos presidenciais que
trancavam a pauta do plenário e abriram caminho para a análise e
votação da flexibilização da meta fiscal, encerrada já na madrugada
desta quinta-feira (4).
Às 3h45, o Congresso aprovou o texto-base da nova meta fiscal. Quatro
destaques teriam que ser votados. Mas no último, a oposição manobrou ao
perceber que muitos parlamentares tinham deixado o prédio e pediu
verificação de quórum, impedindo a votação. A sessão foi encerrada sem concluir votação do projeto de meta fiscal. A sessão será retomada na próxima terça (9).
Suspeito de decapitações era calado e gostava de cães, dizem vizinhos
Poodle de estimação de suspeito está com vizinha da família, em Mogi.
Segundo polícia, homem de 23 anos confessou seis homicídios.
Um rapaz discreto, calado, que gostava de cachorro, tinha poucos amigos e
era extremamente educado. Esse é o perfil traçado pelos vizinhos de
Jhonatan Lopes de Santana, de 23 anos, suspeito de ter matado seis
pessoas e ferido gravemente outra. Os crimes chocaram quem conhecia a
família. Com medo de ataques, mãe, pai e irmão, deixaram a residência,
no Botujuru, em Mogi das Cruzes.
Quatro pessoas foram decapitadas em Mogi das Cruzes e uma em Poá. O
jovem foi preso na quarta-feira (3) e, segundo a polícia, confessou seis
homicídios. Em um dos casos não houve decapitação. A vítima foi
esfaqueada.De acordo com a polícia, uma prima do suspeito registrou um ataque do jovem ao seu filho de 3 anos. A
agressão teria acontecido no sábado (29) e ela afirma que Jhonatan
tentou enforcar o menino. De acordo com o delegado seccional Marcos
Batalha, ele atacava com golpes de machadinha na cabeça e depois
decapitava as vítimas. Em depoimento, segundo a polícia, Jhonatan disse
que alvo eram usuários de crack e moradores de rua, mas algumas das pessoas mortas seguiam para o trabalho quando foram atacadas.
A dona de casa Marta Jakobiu conhece a família desde que o suspeito
tinha 2 anos. “Quando o pai e a mãe dele se mudaram para o bairro, o
Jhonatan era pequeno. Ele é o caçula do casal que tem mais um filho, de
25 anos. Ele sempre foi muito educado. Às vezes ficava na frente de
casa, lavando o carro ou sentado na calçada conversando com o irmão.
Quando eu chegava, ele sempre cumprimentava. Se fosse um menino
problemático, até esperaríamos este tipo de atitude, mas não. O que nos
deixa mais chocados é que ele é de uma boa família, muito bem educado”,
contou.
A vizinha descreve o suspeito como um rapaz muito reservado. “Ele sempre
foi de falar muito pouco. Tanto que nós sabíamos pouca coisa da vida
dele. Onde trabalhava e tudo mais. Mas ele sempre foi muito educado,
fala bom dia, boa tarde e boa noite. Eu nunca tranquei o portão de casa
quando chegava à noite. Eu via ele e o irmão na frente de casa e ficava
tranquila, sabia que eles estariam olhando se alguém quisesse mexer”,
garantiu.
Na tarde de quarta, mãe, pai e irmão do suspeito deixaram a casa com medo de represálias.As
vizinhas ficaram responsáveis por “cuidar da residência”. “Se eu ver
qualquer pessoa tentando pichar, invadir ou colocar fogo, vou ligar para
a polícia na hora. Os pais não merecem isso”.
A filha da Marta chegou a estudar com Jhonatan durante o primário. “Eles
brincavam juntos, iam pra escola. O Jhonatan tinha uma cadelinha preta e
sempre a deixava em casa para a minha filha brincar. Eu não entendo de
onde saiu toda essa violência.”
Era do muro do quintal da casa de Patrícia Shulz, que os vizinhos
conversavam. “Aqui um ajudava o outro. Quando eu precisava de qualquer
coisa, chamava os pais do Jhonatan pelo muro e conversávamos por ali
mesmo. Eram vizinhos silenciosos, tranquilos”, disse.
Patrícia está cuidando do cachorro do suspeito, uma poodle chamada Maruska. “A mãe dele me pediu para que eu cuidasse, e como eles sempre foram ótimos vizinhos, não neguei ajuda. Não para ela, uma mãe que está sofrendo o que mãe nenhuma no mundo merece sofrer”, disse.
Patrícia está cuidando do cachorro do suspeito, uma poodle chamada Maruska. “A mãe dele me pediu para que eu cuidasse, e como eles sempre foram ótimos vizinhos, não neguei ajuda. Não para ela, uma mãe que está sofrendo o que mãe nenhuma no mundo merece sofrer”, disse.
De acordo com o delegado Seccional, Marcos Batalha, o suspeito não tinha
problemas com a Justiça e conflitos familiares. "Pelo menos pelas
pesquisas que nós fizemos ele tem uma única passagem criminal por
desacato, um crime sem gravidade. Geralmente as pessoas que praticam
crimes tão bárbaros, crimes sequenciais, ou seja, diversas mortes, têm
histórico de conflito, e acabam levando para esse lado, da violência.
Esse sujeito não tem nada. Nunca passou por dificuldade, não tinha
problemas. Nada que justificasse os crimes”, detalhou.
O caso
A Polícia Militar prendeu o ajudante geraldepois que três pessoas foram encontradas decapitadas em Mogi das Cruzes na manhã desta quarta. Há ainda outra mulher que foi decapitada em Poá na noite de terça. Na segunda-feira, dois moradores de rua foram atacados também em Mogi. Um morreu e outro está internado no Hospital Luzia de Pinho Melo.
Mais tarde, ele também confessou o assassinato de uma mulher em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas no sábado (29), segundo o delegado seccional Marcos Batalha.
A Polícia Militar prendeu o ajudante geraldepois que três pessoas foram encontradas decapitadas em Mogi das Cruzes na manhã desta quarta. Há ainda outra mulher que foi decapitada em Poá na noite de terça. Na segunda-feira, dois moradores de rua foram atacados também em Mogi. Um morreu e outro está internado no Hospital Luzia de Pinho Melo.
Mais tarde, ele também confessou o assassinato de uma mulher em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas no sábado (29), segundo o delegado seccional Marcos Batalha.
No começo da noite de quarta, Batalha relatou mais um caso: um morador
de rua ferido procurou a polícia dizendo ter sido atacado no domingo
(30) em frente ao Hospital Luzia de Pinho Melo. Ele contou ter sido
agredido com uma machadinha. Ferido, foi ao hospital. A vítima disse ter
reconhecido Jhonatan em reportagens e procurou a polícia.
Além disso, o ajudante geral é suspeito de ter tentando matar uma criança de 3 anos.
Vídeos
Imagens de duas câmeras de monitoramento mostram o ataque a uma das vítimas mortas nesta quarta. Trata-se de um morador de rua. Pedestres e motoristas não reagem diante do crime, ocorrido em uma das ruas mais movimentadas de Mogi das Cruzes, por volta das 6h30.
Imagens de duas câmeras de monitoramento mostram o ataque a uma das vítimas mortas nesta quarta. Trata-se de um morador de rua. Pedestres e motoristas não reagem diante do crime, ocorrido em uma das ruas mais movimentadas de Mogi das Cruzes, por volta das 6h30.
Ainda de acordo com as informações passadas pelo delegado, o homem tem
sinais no corpo relacionados aos crimes. "Logo que ele foi preso, em sua
residência, ele apresentava dois sinais feitos por ele próprio no
corpo: o desenho de um machado no braço, próximo ao ombro, e um na perna
feito com uso de uma agulha, com o número 36". Segundo Batalha, o homem
disse que tinha o compromisso de matar 36 pessoas. "Ele disse que tirou
as ideias de vídeos de decapitações do Talibã", acrescentou.
O delegado afirmou que o homem estava consciente em todos os crimes.
"Ele disse que se não tivesse sido preso continuaria matando. Ele achou
que todas as vítimas eram moradores de rua e disse que eles não pagam
impostos, vivem às custas dos outros e que não acha isso certo."
Vítimas
Durante a tarde, a Polícia Civil divulgou uma lista com os nomes das vítimas. De acordo com o levantamento feito pela polícia até agora, a primeira vítima foi identificada como Flávia Aparecida de Paula Honório. Ela foi decapitada em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas, no sábado. Na segunda-feira (1º), o suspeito esfaqueou e queimou um morador de rua, que não foi identificado, na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar, e deixou outro gravemente ferido.
Durante a tarde, a Polícia Civil divulgou uma lista com os nomes das vítimas. De acordo com o levantamento feito pela polícia até agora, a primeira vítima foi identificada como Flávia Aparecida de Paula Honório. Ela foi decapitada em um local conhecido como "Favela do Gica", no distrito de Brás Cubas, no sábado. Na segunda-feira (1º), o suspeito esfaqueou e queimou um morador de rua, que não foi identificado, na Avenida Francisco Rodrigues Filho, no bairro do Mogilar, e deixou outro gravemente ferido.
Na noite de terça-feira (2), a vítima foi Kelly Caldeira da Silva que
foi decapitada em Poá. Nesta quarta-feira, ele atacou três pessoas em
diferentes pontos de Mogi das Cruzes. Uma das vítimas foi o morador de
rua identificado pela polícia como Carlos César de Araújo que estava na
Avenida Francisco Rodrigues Filho. Outra foi Maria do Rosário Coentro,
encontrada na Avenida Antonio de Almeida, no Rodeio. A terceira, Maria
Aparecida do Nascimento, foi atacada na Avenida Francisco Rodrigues
Filho, na Vila Suíssa.
Prisão
Os policiais militares chegaram ao suspeito, de 23 anos, depois da ligação de uma testemunha. "Recebemos a informação da sequência de crimes e uma testemunha viu as características do veículo e denunciou pelo 190. Com a placa chegamos ao endereço do proprietário do veículo e possível autor dos crimes. Havia marcas de sangue no veículo", explicou a tenente Christiane Rocha Chenk em entrevista ao G1. "No começo ele tentou resistir à prisão, mas depois também encontramos roupas com marcas de sangue e ele confessou os crimes e disse que era para evitar um mal maior. Estamos verificando se houve ajuda de outras pessoas", detalhou.
Os policiais militares chegaram ao suspeito, de 23 anos, depois da ligação de uma testemunha. "Recebemos a informação da sequência de crimes e uma testemunha viu as características do veículo e denunciou pelo 190. Com a placa chegamos ao endereço do proprietário do veículo e possível autor dos crimes. Havia marcas de sangue no veículo", explicou a tenente Christiane Rocha Chenk em entrevista ao G1. "No começo ele tentou resistir à prisão, mas depois também encontramos roupas com marcas de sangue e ele confessou os crimes e disse que era para evitar um mal maior. Estamos verificando se houve ajuda de outras pessoas", detalhou.
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