Uma criança de 9 anos de idade teve parte das costas queimada com água
quente na última quinta-feira (20), no interior da casa onde mora, no
bairro Tomba, em Feira de Santana. A madrasta do garoto, a diarista
Carla Matias Vieira, é acusada do crime e foi presa e autuada em
flagrante na tarde desta terça-feira (25) sob acusação de tortura,
cárcere, omissão de socorro e abandono intelectual, uma vez que a
criança foi retirada da escola.
Inicialmente, a acusada negou o crime, mas, em seguida, confessou
durante o depoimento. De acordo com a delegada Klaudine Passos, a
diarista alegou como motivação o fato de a criança ter sumido com um
perfume dela e sujado a casa inteira. “Ela disse que chegou à noite em
casa, a criança tinha ido à casa de uma vizinha e muito nervosa com a
situação acabou fervendo a água, mandou a criança ficar ajoelhada e, em
seguida, jogou a água quente nela.
A senhora Carla enganou a todos dizendo que a criança havia se
autolesionado e que a levou ao hospital, mas ela mentiu. Ela cometeu
tortura, cárcere privado, omissão de socorro e há também a situação de
abandono intelectual, porque a criança foi retirada da escola pela
madrasta”, informou a delegada. O pai do menino vai responder por
omissão de socorro, pois, segundo Klaudine Passos, ele viu a situação,
mas falou que não sabia de nada mesmo estando o garoto já exalando um
certo odor e reclamando das dores. O menino foi encaminhado pelo
Conselho Tutelar para o Hospital Estadual da Criança com queimaduras de
segundo e terceiro graus. Durante depoimento, ele confirmou que foi a
madrasta quem o colocou de joelhos e jogou água quente. “Eu estava
brincando, ela não me levou ao hospital. Está doendo. Ela passou a faca
aqui na minha mão também”, respondeu o garotinho, quando questionado
sobre o que aconteceu. A madrasta foi presa após denúncias anônimas
realizadas por volta das 13h de hoje (25). Informações e fotos do
repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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