terça-feira, 2 de setembro de 2014

Criminoso da lista dos mais procurados do Ceará troca tiros com a Polícia






Criminoso da lista dos mais procurados do Ceará troca tiros com a Polícia (Foto: Divulgação)
Um dos criminosos mais procurados do Ceará, José Roberto Honórato da Silva, conhecido como "Roberto Olhão", trocou tiros com a Polícia no início da noite desta segunda-feira, 1°. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Cidadania, a ação ocorreu na localidade Urucunema, no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Os policiais do Ronda do Quarteirão, da viatura 1166, e da Força Tática de Apoio (FTA) entraram em um matagal na localidade de Urucunema e encontraram três homens, sendo um deles ´Roberto Olhão´. Durante troca de tiros, uma pessoa foi baleada. A composição identificou rastros de sangue no local, mas não sabe qual suspeito foi atingido. A Polícia apreendeu uma pistola PT-100 deixada pelo trio.

Conforme a pasta, Roberto e os comparsas conseguiram fugir, mas a Polícia continua realizando patrulhas na área para encontrar os foragidos. A ação policial foi comandada pelo sargento Wilkison, comandante da RD 1166.
Arma apreendida pela Polícia (Foto: Divulgação)

´Roberto Olhão´
No site da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ´Roberto Olhão´ é citado como um dos mais procurados do Ceará. Ele é suspeito de crimes de roubos, inclusive de latrocínio, homicídios e formação de quadrilha. Conforme a SSPDS, ele encontra-se com mandado de prisão em aberto. O bandido atuava nas regiões do Eusébio, Aquiraz e adjacências.

Fonte: O Povo

Baiano que nasceu com a cabeça virada para trás dá palestras motivacionais









Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos (Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira)
A anormalidade está nos olhos dos outros. Isso é uma convicção para Claudio Vieira de Oliveira, de 37 anos, que tem vasta experiência no assunto. O baiano de Monte Santo nasceu com uma anomalia física que quase arruinou sua vida, mas garante nunca ter sofrido preconceito ou discriminação. Um problema nas juntas, chamado artrogripose congênita, deixou seus braços e pernas deformados e sua cabeça virada para trás desde o nascimento, em 1976. Hoje, sua história de vida é a base para dar palestras motivacionais - em outubro, ele irá para os Estados Unidos contá-la em três cidades.

Seu primeiro desafio foi nascer. A cidade no interior do Bahia não tinha hospital e sua mãe não havia feito ultrassonografias durante a gravidez.

— Antes de eu nascer, ninguém sabia que eu ia ficar assim dessa forma. Eu nasci de parto normal, não foi num hospital, porque aqui não tinha. Foi com um médico, só que dentro de casa. Foi muito difícil — conta Claudio.
O baiano pode precisar de ajuda para se locomover (Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira)

Sua anomalia impressionou os moradores de Monte Santo. Os médicos chegaram a aconselhar sua mãe, Maria José, a deixar de alimentá-lo para que morresse. Ela, contudo, conseguiu dar cabo de criar os seis filhos, sempre tratando Claudio da mesma forma que os demais.

— Eu já ouvi relatos de outras pessoas com necessidades especiais que viviam ou vivem diferentes das demais. Vivem num mundo fechado. A pessoa sente a discriminação, o preconceito. Eu fui diferente. Desde cedo fui motivado por muitas pessoas da minha família, principalmente minha mãe — lembra ele, que perdeu o pai com 1 ano de idade.

EducaçãoClaudio foi alfabetizado em casa, com uma professora particular. Maria José temia que ele não conseguisse se adaptar ao ambiente escolar. A iniciativa de começar a escrever pegando o lápis com a boca foi dele.
Claudio dá um autógrafo após uma palestra motivacional (Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira)

— Foi espontâneo, veio de mim. Eu deitei no chão com uma almofada, pus o lápis na boca e comecei a rabiscar sozinho. Hoje, consigo escrever normalmente. Com a boca — explica Claudio.

Ele chegou a estudar alguns anos em uma escola particular, pois sua mãe considerava a infraestrutura mais adequada, mas, diante das dificuldades financeiras, ele teve que largar a educação por um ano. Voltou a uma escola pública na 3ª série e ficou lá até concluir o ensino médio. Claudio ainda fez um curso técnico antes de mudar para Feira de Santana, onde cursou Contabilidade.

— Nessa época eu tive a ajuda de muitas pessoas. Consegui uma bolsa integral (da faculdade), consegui ajuda para o aluguel. Um vizinho foi me acompanhar e minha mãe me visitava a cada 15 dias para limpar a casa e preparar comida. Foi um esforço muito grande, mas tudo isso valeu a pena. Se fosse para fazer de novo, eu faria.

AcessibilidadeClaudio tenta tornar sua rotina o mais normal possível, mas costuma esbarrar nas dificuldades de acessibilidade. O baiano se deslocar para curtas distâncias de joelhos ou com um sapato especial, que vai da extremidade do joelho à ponta do pé. Para ir mais longe, ele precisa ser carregado por alguém.

— Eu já me acostumei. Às vezes, a gente imagina: ‘Será que estou incomodando?’. Mas nunca vi ninguém reclamar. Apesar disso, os anos vão passando e eu vou adquirindo peso. Com o passar do tempo, as pessoas não vão ter condições de me locomover. Infelizmente, eu não tenho transporte — lamenta.
Claudio com seu ídolo, Zico (Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira)

Apesar das dificuldades, Claudio passa a entrevista inteira sem se referir a si mesmo como “deficiente”.

— Para ser sincero, eu nem percebo quem eu sou. Eu nunca percebi se eu sou uma pessoa portadora de necessidades especiais, deficiente, sei lá. Muita gente me pergunta qual o segredo para isso. Bom, para mim, o segredo é o próprio meio. Se o meio lhe olhar assim (como deficiente), é assim que você se vê. Eu tenho muita popularidade aqui na minha cidade, me comunico bem, nunca fico sozinho. Talvez o segredo seja esse, a compreensão de cada um — explica.

A vida de Claudio fez sucesso na imprensa internacional nesta segunda-feira. Portais como Daily Mirror, Daily Mail e Metro publicaram sua história de superação.

Fonte:Extra.com.br

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