sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Mãe de irmãs mortas em Belford Rox o: ‘A dor vai virar minha luta por justiça’









Raquel Francisca com a foto da filha Jéssica, quando ela se formou no ensino médio (Foto: Mazé Mixo/Agência O Globo)
A mãe das irmãs encontradas mortas em Belford Roxo falou, nesta quinta-feira, sobre a perda das filhas Jéssica Oliveira de Souza, de 22 anos, e Ariane Oliveira de Souza, de 19. No quarto delas, na casa em que elas viviam com o irmão, no bairro de Heliópolis, Raquel Francisca de Oliveira deu um relato emocionado.

- Quero mostrar minha dor ao mundo para que mãe nenhuma sinta o que estou sentindo hoje. Devo isso às minhas filhas. A dor vai virar minha luta por justiça - declarou Raquel Francisca.

Desde que as filhas foram mortas, a família estava se preservando e com receio de mostrar o rosto. Aparecer em fotos foi um pedido da própria mãe. Neste momento, como disse Raquel, a dor da família vence qualquer receio de represálias:

- O que tinham para fazer de mal já fizeram com as minhas meninas. Se quiserem vir aqui, que venham. Nossa família está unida, com Deus. Somos todos pessoas de bem, como elas também sempre foram.

O desabafo da mãe foi feito na cama em que as irmãs dormiam juntas. No colo de Raquel, um retrato de quando Jéssica se formou no ensino médio. Na foto em que a jovem aparece sorridente com o diploma, Daniel de Oliveira, irmão das vítimas, escreveu a seguinte mensagem: "Jéssica e Ariane. Te amo eternamente".

- Escrevi isso no sábado, logo depois de os corpos terem sido reconhecidos por uma amiga. Ficamos todos em casa. Quando meu pai e minha mãe foram embora, decidi fazer esta homenagem. Foi o modo que encontrei para mantê-las vivas na minha lembrança. Sempre assim, sorrindo - contou o jovem.

As irmãs foram encontradas mortas no sábado, na entrada da comunidade do Gogó da Ema, em Belford Roxo. Na noite anterior, elas haviam ido na casa de shows Riosampa. A Divisão de Homicídios da Baixada (DHBF) montou uma força-tarefa para analisar mais de 300 horas de imagens das câmeras de segurança da casa de shows, onde elas foram vistas pela última vez antes de serem mortas.

Fonte: Extra.com

Barbalha-CE: Justiça fará mutirão com 216 processos do seguro DPVAT

Demontier Tenório///(Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Justiça fará mutirão com 216 processos do seguro DPVAT. (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Os juízes da Comarca de Barbalha promoverão, nos dias 11 e 12 de setembro, o 1º Mutirão de Avaliação Médica e Conciliação de Ações Relativas ao Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). À frente da iniciativa estão os magistrados Alexsandra Lacerda Batista Brito (1ª Vara), Leonardo Afonso Franco de Freitas (2ª Vara) e Renato Esmeraldo Paes (3ª Vara). Conforme a Portaria publicada no Diário da Justiça Eletrônico, a força-tarefa incluirá 216 processos em trâmite nas três varas da Comarca de Barbalha.

Cada unidade judiciária será responsável pela intimação das partes e dos advogados. Atuarão como peritos os médicos ortopedistas Thiago Caldas Leal e Francisco Bruno Celião e os trabalhos do mutirão se desenvolverão observando a avaliação médica e audiência de conciliação. Se houver acordo, o juiz logo proferirá sentença homologatória. Em caso contrário, e não havendo mais provas a serem produzidas, o magistrado proferirá julgamento ou determinará a conclusão dos autos para o fazê-lo no prazo legal.

O pagamento do seguro DPVAT garante a indenização em caso de acidente de trânsito que resulte em morte ou invalidez permanente, bem como o reembolso de despesas médicas e hospitalares devidamente comprovadas. O mutirão em Barbalha está de acordo com a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que destacou a necessidade de proporcionar e incentivar a utilização de mecanismos consensuais de solução de conflitos.

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