terça-feira, 1 de julho de 2014

Casos de crianças vítimas de armas de fogo mais frequentes









Em menos de três meses, dois casos envolvendo crimes praticados por crianças foram registrados pela PM, no Cariri (Foto: Serena Morais/Jornal do Cariri)
Em casa ou no comércio, o porte ilegal de armas e o seu acesso fácil têm facilitado o aumento do número de crimes praticados por adolescentes e até crianças. De acordo com o comandante-geral do 2º Batalhão da Polícia Militar de Juazeiro do Norte, o coronel Wellington Alves, os jovens, na maioria das vezes, pegam os instrumentos apenas por curiosidade ou para brincar, mas é por descuido que elas acabam cometendo as fatalidades.

Recentemente, uma tragédia na zona rural de Dom Quintino, entre Crato e Nova Olinda, chocou a população caririense. Uma criança de apenas cinco anos foi atingida, acidentalmente, com uma espingarda artesanal, por um menino de 11 anos. Segundo o comandante, há menos de três meses, outra ocorrência semelhante aconteceu em Juazeiro, onde um jovem matou um adulto, sem intenção, com o mesmo tipo de arma, durante uma brincadeira.

A situação tem preocupado as autoridades policiais. “A gente tem mencionado que quem tem porte ilegal de armas comete um crime. Nenhuma arma de fogo é legal, exceto em casos restritos, permitidos pela Justiça. A criança não entende no que está mexendo e pode atentar contra ela mesma, contra os pais, parentes ou qualquer outra pessoa. Sendo ela inimputável perante a lei, os pais ou responsável para responder a respeito do fato. Até as facas é preciso que estejam sempre longe do alcance delas”, lembra.

Embora não haja uma estatística sobre a quantidade de crimes praticados por jovens, devido, principalmente, ao porte ilegal de armas pelos seus responsáveis, a Polícia Militar já registrou a apreensão de 12 armas de fogo na cidade de Juazeiro do Norte. A maioria, segundo o órgão, em abordagens de motoqueiros, motoristas e até nas residências, por conta de denuncias. “São armas de todos os tipos, escopeta, metralhadoras, espingardas, entre outras. É importante que a sociedade ajude a gente nesse trabalhando, denunciando”, pede.

Fonte: Jornal do Cariri

Deputado mexicano e colegas presos no Ceará









Policiais do Batalhão de Policiamento Turístico (BPtur) conduziram os acusados para a Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) (Foto: Reprodução/Facebook)
A Embaixada do México no Brasil enviará representantes a Fortaleza para acompanhar o caso de agressão envolvendo quatro mexicanos. Um escritório de advocacia do Ceará foi contratado para defender os estrangeiros acusados de assediar uma cearense e agredir gravemente seu esposo e o cunhado na noite do último domingo, na Praia de Iracema. Os advogados entrarão com pedido de liberdade.

O grupo estrangeiro detido teve os passaportes confiscados e os dois brasileiros vítimas de agressão deverão prestar depoimento na tarde de hoje. De acordo com a Polícia, um dos mexicanos teria assediado a esposa de um dos brasileiros e este interferiu para protegê-la. Uma discussão foi gerada e os estrangeiros, que estavam em maior número, teriam espancado os cearenses.

O fato ocorreu por volta de 21 horas de sábado, próximo ao cruzamento da Avenida Monsenhor Tabosa com a Rua Antônio Lima. O grupo mexicano estava num táxi em direção ao aeroporto com embarque para Salvador, onde está ancorado o navio transatlântico em que estão hospedados. Vieram a Fortaleza apenas para assistir ao jogo Holanda x México, pela Copa do Mundo.

Estão presos Mateo Codinas Velten, de 35 anos, Sergio Israel Eguren Cornejo, 37, Angel Rimak Eguren Cornejo, 34, e Rafael Miguel Medina Pederzini, de 31 anos, que é deputado pelo Distrito Federal do México.

"Os mexicanos estavam dentro do carro e pegaram na nádega de minha cunhada. O meu irmão bateu na mão do mexicano para que ele tirasse a mão dela. Continuamos seguindo. De repente, os quatro mexicanos saíram do carro para nos agredir. Segurei um e os três agrediram meu irmão. Apanhamos muito. Meu irmão ficou quase desmaiado", afirma Marcos Chaves, uma das vítimas.

O seu irmão, Davi de Queiroz Chaves, de 34 anos, teve traumatismo de face, sutura na cabeça, cortes nos lábios e hematomas pelo corpo. Deverá prestar depoimento hoje às 15 horas na Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur). Com a prisão dos mexicanos, o cônsul Honorário do México no Ceará, João Soares Neto, passou a acompanhar o caso. "Foi um infortúnio. Acho que há um certo exagero. As redes sociais têm amplificado e distorcido. Não podemos generalizar. Sabemos o quanto os mexicanos são educados e nós brasileiros somos bem tratados lá", afirma João Soares.

Os dois irmãos cearenses agredidos são advogados. A Ordem dos Advogados do Brasi, subseção Ceará, está acompanhando o caso. "É uma situação absurda. A Polícia apontou lesão grave, mas é quase uma tentativa de homicídio. A Justiça tem que punir de forma exemplar", afirma Valdetário Monteiro, presidente da OAB.

De acordo com Henrique Garcia, advogado dos mexicanos, tudo teria começado com um grande mal-entendido. "Eles negam agressão. Havia em torno de 20 pessoas com a camisa do México. Alguém apalpou a esposa da vítima, que achou que era um dos mexicanos citados".

BalançoDesde o início da Copa do Mundo, 11 estrangeiros foram detidos por crimes no Ceará, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), dos quais nove mexicanos, um alemão e um grego.

Fonte: Diário do Nordeste

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