Pesquisador da Terre des Hommes faz demonstração ao acessar sala de bate-papo com a personagem Sweetie (Foto: AP)
A ONG Terra de Homens anunciou nesta segunda-feira (4) que se fez passar
por uma menina filipina virtual de 10 anos e assim identificou mais de
1.000 "predadores sexuais" dispostos a pagar para vê-la em atos sexuais
por câmera.
"Criamos uma menina virtual de 10 anos, uma filipina", declarou o diretor da seção holandesa da Terra de Homens, Albert Jaap van Santbrink, em uma coletiva de imprensa em Haia, informando que dezenas de milhares de pedófilos entraram em contato com a menina virtual, batizada de Sweetie, em particular em chats públicos.
"Estavam dispostos a pagar a Sweetie para que realizasse atos sexuais em sua webcam", disse.
Entre estes predadores, mais de 1.000 foram identificados facilmente em 65 países diferentes. A ONG conseguiu descobrir seus endereços, números de telefone e fotos e transmitiu suas identidades às autoridades competentes, em particular à Interpol.
"Já que tudo isso ocorre na internet, pensam que ninguém os observa, razão pela qual foi mais fácil reunir informações sobre estas pessoas", declarou Hans Guyt, responsável pelo projeto.
A ONG deseja sensibilizar a opinião pública e as autoridades para o fenômeno da prostituição infantil na internet e está indignada pelo baixo número de pessoas detidas pelo que a ONG classifica de ´turismo sexual por webcam´. Segundo a ONG, 6 criminosos foram presos nos últimos anos.
Van Santbrink sustenta que se a Terra de Homens conseguiu identificar mais de 1.000 predadores, as autoridades do mundo inteiro deveriam poder identificar muitos outros.
"Com mais recursos teríamos podido identificar facilmente 10.000", exclama Guyt.
A Terra de Homens, que realizou uma petição mundial, explicou que informou sua forma de operar às autoridades de diferentes países, em particular a forma como o perfil e a foto da menina foram criados, além de ter esclarecido como se conectou a chats para fazer os predadores caírem na armadilha.
A ONG também afirmou, com números da ONU, que, em qualquer momento, 750 mil predadores pedófilos estão online na internet.
Fonte: AFP
"Criamos uma menina virtual de 10 anos, uma filipina", declarou o diretor da seção holandesa da Terra de Homens, Albert Jaap van Santbrink, em uma coletiva de imprensa em Haia, informando que dezenas de milhares de pedófilos entraram em contato com a menina virtual, batizada de Sweetie, em particular em chats públicos.
"Estavam dispostos a pagar a Sweetie para que realizasse atos sexuais em sua webcam", disse.
Entre estes predadores, mais de 1.000 foram identificados facilmente em 65 países diferentes. A ONG conseguiu descobrir seus endereços, números de telefone e fotos e transmitiu suas identidades às autoridades competentes, em particular à Interpol.
"Já que tudo isso ocorre na internet, pensam que ninguém os observa, razão pela qual foi mais fácil reunir informações sobre estas pessoas", declarou Hans Guyt, responsável pelo projeto.
A ONG deseja sensibilizar a opinião pública e as autoridades para o fenômeno da prostituição infantil na internet e está indignada pelo baixo número de pessoas detidas pelo que a ONG classifica de ´turismo sexual por webcam´. Segundo a ONG, 6 criminosos foram presos nos últimos anos.
Van Santbrink sustenta que se a Terra de Homens conseguiu identificar mais de 1.000 predadores, as autoridades do mundo inteiro deveriam poder identificar muitos outros.
"Com mais recursos teríamos podido identificar facilmente 10.000", exclama Guyt.
A Terra de Homens, que realizou uma petição mundial, explicou que informou sua forma de operar às autoridades de diferentes países, em particular a forma como o perfil e a foto da menina foram criados, além de ter esclarecido como se conectou a chats para fazer os predadores caírem na armadilha.
A ONG também afirmou, com números da ONU, que, em qualquer momento, 750 mil predadores pedófilos estão online na internet.
Fonte: AFP
Em PE, crianças sobrevivem catando lixo em canal poluído
Eles nadam onde nem os peixes se atrevem. De longe, suas cabeças se
confundem com os entulhos. Pela falta de quase tudo na terra, mergulham
no rio de lixo atrás da sobrevivência. Lá sim tem quase tudo: latinhas,
garrafas, papelão, móveis velhos, restos de comida, moscas, animais
mortos. Menos dignidade. Lá, no Canal do Arruda, Zona Norte do Recife, o
absurdo é rotina. Anfíbios e miseráveis catam sonhos onde o pesadelo é
retrato soberano. São três meninos da comunidade Saramandaia, melados
até o pescoço da lama do abandono, numa área que o prefeito da capital,
Geraldo Julio (PSB), elencou como prioridade de sua gestão e que, até
agora, não viu resultados senão promessas.
O sol inclemente não intimida. É preciso aproveitar a maré baixa, quando os resíduos se acumulam. A cena choca, intriga, envergonha. Em pleno 2013. Em plena capital pernambucana. Aos olhos de todos. O Canal do Arruda, foz de boa parte do lixo recifense, é a mina de ouro de Paulo Henrique Félix da Silveira, 9 anos; Tauã Manoel da Silva Alves, 10; e Geivson Félix de Oliveira, 12, unidos pelo sangue, pela necessidade e pela indiferença do poder público.
Moram em dois barracos na comunidade de Saramandaia, também na Zona Norte, e não hesitam em entrar no fosso. Antes, era só para tomar banho, diversão infantil ocasional. Há mais de ano, passou a ser ganha-pão. Paulinho via as cerca de cem famílias que trabalham com reciclagem na região e decidiu tomar o mesmo caminho. Encontrou seu nicho, o pior de todos, e arrastou os primos.
Paulinho, Galego e Geivson, embora exemplos radicais da realidade, não estão sozinhos. De acordo com o perfil dos catadores brasileiros elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado no Censo 2010, 3,6% dos 20.166 pernambucanos que trabalham com reciclagem têm entre 10 e 17 anos. São, oficialmente, só 726 crianças e adolescentes no Estado que tiram seu sustento do lixo. Nas cifras do trabalho infantil em geral, o número sobe para 1.329.229. Na faixa etária dos pequenos catadores de Saramandaia, até 13 anos de idade, há 665.500 pernambucanos trabalhando, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O trio se acotovelava entre dejetos mil para catar latas de alumínio e garantir o alimento de duas famílias com, ao todo, 18 pessoas. Nadava em meio a tudo que a cidade vomita. Paulinho, o menor e mais astuto dentro d’água, tapava a boca com veemência. Tinha noção exata do risco que corria. Ainda não sabe ler, mas conhece da vida o suficiente para não deixar entrar uma gota sequer daquela lama de cheiro insuportável e chamariz de doenças. Febre e diarreia são constantes.
O lixo lhe cobria o pescoço. A cabeça erguida com dificuldade denunciava que ele estava ali, quase sumindo entre materiais recicláveis, comida descartada, brinquedos quebrados, roupas velhas, sacolas e tudo mais que se possa imaginar. Parecia parte daquilo. Geivson, o mais velho, acompanhava o primo Paulinho na missão inglória e diária.
Tauã, chamado por todos pelo apelido de Galego e irmão de Geivson, foi o único que não teve coragem de se embrenhar no meio do canal. Na beira, um pé lá e um pé cá, cumpria sua função na engrenagem do absurdo: recolhia as latas catadas pelos outros dois. Quando precisava ir mais no fundo para pegar algo que caiu, reclamava: “Não quero me sujar”. Juntava tudo em um saco de farinha que é quase de sua altura.
O trabalho costuma durar horas, até a maré permitir. Findo o serviço, lavam-se no lado menos poluído do fosso. “Tem que se limpar, né?”, frisa Paulinho, banhado de inocência. À tarde, eles trocam o que cataram num galpão de reciclagem localizado em Saramandaia mesmo. As latas saem tão sujas de lama que nem o depósito aceita. É preciso lavá-las antes. “A gente tira uns R$ 5 por dia”, gaba-se Geivson. Em dia ruim, o esforço rende apenas R$ 1. Paulinho queria comprar biscoitos. Galego e Geivson prometeram entregar o dinheiro à mãe. Invejaram o primo.
No rio de lixo, encontram de tudo: bola, carrinhos e bonecas; galinha, cachorro e gado morto. Até jacaré já foi visto pelas cercanias, prova de que o risco vem de todos os lados.
Algumas feridas abertas na pele desvelam doenças trazidas pela água suja – Galego tenta esconder com a mão uma dermatite perto da boca; os outros têm pés e canelas cortadas por cacos de vidro. Outras feridas, invisíveis, se revelam numa conversa mais demorada. “Se a vida é assim, fazer o quê? Vai ter que ser. A gente só faz isso porque precisa. Seria bem melhor se não precisasse”, reflete Galego. Achou a resignação no meio do lixo.
PS - E-mails relativos a ajudas aos garotos podem ser enviados para o wsarmento@jc.com.br.
Fonte: Jornal do Cammercio
O sol inclemente não intimida. É preciso aproveitar a maré baixa, quando os resíduos se acumulam. A cena choca, intriga, envergonha. Em pleno 2013. Em plena capital pernambucana. Aos olhos de todos. O Canal do Arruda, foz de boa parte do lixo recifense, é a mina de ouro de Paulo Henrique Félix da Silveira, 9 anos; Tauã Manoel da Silva Alves, 10; e Geivson Félix de Oliveira, 12, unidos pelo sangue, pela necessidade e pela indiferença do poder público.
Moram em dois barracos na comunidade de Saramandaia, também na Zona Norte, e não hesitam em entrar no fosso. Antes, era só para tomar banho, diversão infantil ocasional. Há mais de ano, passou a ser ganha-pão. Paulinho via as cerca de cem famílias que trabalham com reciclagem na região e decidiu tomar o mesmo caminho. Encontrou seu nicho, o pior de todos, e arrastou os primos.
Paulinho, Galego e Geivson, embora exemplos radicais da realidade, não estão sozinhos. De acordo com o perfil dos catadores brasileiros elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), baseado no Censo 2010, 3,6% dos 20.166 pernambucanos que trabalham com reciclagem têm entre 10 e 17 anos. São, oficialmente, só 726 crianças e adolescentes no Estado que tiram seu sustento do lixo. Nas cifras do trabalho infantil em geral, o número sobe para 1.329.229. Na faixa etária dos pequenos catadores de Saramandaia, até 13 anos de idade, há 665.500 pernambucanos trabalhando, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O trio se acotovelava entre dejetos mil para catar latas de alumínio e garantir o alimento de duas famílias com, ao todo, 18 pessoas. Nadava em meio a tudo que a cidade vomita. Paulinho, o menor e mais astuto dentro d’água, tapava a boca com veemência. Tinha noção exata do risco que corria. Ainda não sabe ler, mas conhece da vida o suficiente para não deixar entrar uma gota sequer daquela lama de cheiro insuportável e chamariz de doenças. Febre e diarreia são constantes.
O lixo lhe cobria o pescoço. A cabeça erguida com dificuldade denunciava que ele estava ali, quase sumindo entre materiais recicláveis, comida descartada, brinquedos quebrados, roupas velhas, sacolas e tudo mais que se possa imaginar. Parecia parte daquilo. Geivson, o mais velho, acompanhava o primo Paulinho na missão inglória e diária.
Tauã, chamado por todos pelo apelido de Galego e irmão de Geivson, foi o único que não teve coragem de se embrenhar no meio do canal. Na beira, um pé lá e um pé cá, cumpria sua função na engrenagem do absurdo: recolhia as latas catadas pelos outros dois. Quando precisava ir mais no fundo para pegar algo que caiu, reclamava: “Não quero me sujar”. Juntava tudo em um saco de farinha que é quase de sua altura.
O trabalho costuma durar horas, até a maré permitir. Findo o serviço, lavam-se no lado menos poluído do fosso. “Tem que se limpar, né?”, frisa Paulinho, banhado de inocência. À tarde, eles trocam o que cataram num galpão de reciclagem localizado em Saramandaia mesmo. As latas saem tão sujas de lama que nem o depósito aceita. É preciso lavá-las antes. “A gente tira uns R$ 5 por dia”, gaba-se Geivson. Em dia ruim, o esforço rende apenas R$ 1. Paulinho queria comprar biscoitos. Galego e Geivson prometeram entregar o dinheiro à mãe. Invejaram o primo.
No rio de lixo, encontram de tudo: bola, carrinhos e bonecas; galinha, cachorro e gado morto. Até jacaré já foi visto pelas cercanias, prova de que o risco vem de todos os lados.
Algumas feridas abertas na pele desvelam doenças trazidas pela água suja – Galego tenta esconder com a mão uma dermatite perto da boca; os outros têm pés e canelas cortadas por cacos de vidro. Outras feridas, invisíveis, se revelam numa conversa mais demorada. “Se a vida é assim, fazer o quê? Vai ter que ser. A gente só faz isso porque precisa. Seria bem melhor se não precisasse”, reflete Galego. Achou a resignação no meio do lixo.
PS - E-mails relativos a ajudas aos garotos podem ser enviados para o wsarmento@jc.com.br.
Fonte: Jornal do Cammercio
Ator Luis Gustavo está internado no Rio com infecção no coração
O ator Luis Gustavo está internado na UTI da clínica São Vicente, na
Gávea, Zona Sul do Rio, com uma infecção no coração. A informação foi
confirmada pela
esposa do ator, Cris Botelho. Ela diz que o ator deu entrada há dez dias
na clínica com uma endocardite, tipo de infecção cardíaca.
Segundo o médico Luiz Cunha, que cuida de Luiz Gustavo na clínica São Vicente, o ator apresentou melhora durante o período de internação, e seu estado de saúde é considerado bom. Porém, ainda não há previsão de alta. "Mantivemos a internação pois ainda precisamos monitorar a infecção, mas ele está bem", disse o médico.
Luiz Cunha disse que Luiz Gustavo tem uma prótese de válvula no coração, colocada após uma cirurgia em 2011. A infecção aconteceu próxima a essa válvula artificial. O médico disse que provavelmente a infecção foi causada por bactérias, mas não confirmou a causa.
Luis Gustavo mora em Itatiba (SP), mas estava no Rio gravando "Joia rara", novela da TV Globo em que interpreta o papel de Apolônio. O astro de "Beto Rockfeller" também atuou recentemente em novas gravações de "Sai de baixo".
Fonte: G1
Segundo o médico Luiz Cunha, que cuida de Luiz Gustavo na clínica São Vicente, o ator apresentou melhora durante o período de internação, e seu estado de saúde é considerado bom. Porém, ainda não há previsão de alta. "Mantivemos a internação pois ainda precisamos monitorar a infecção, mas ele está bem", disse o médico.
Luiz Cunha disse que Luiz Gustavo tem uma prótese de válvula no coração, colocada após uma cirurgia em 2011. A infecção aconteceu próxima a essa válvula artificial. O médico disse que provavelmente a infecção foi causada por bactérias, mas não confirmou a causa.
Luis Gustavo mora em Itatiba (SP), mas estava no Rio gravando "Joia rara", novela da TV Globo em que interpreta o papel de Apolônio. O astro de "Beto Rockfeller" também atuou recentemente em novas gravações de "Sai de baixo".
Fonte: G1
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