Milhares de pessoas se reúnem em
Kazimiya, no Iraque, para o funeral do general iraniano Qasem Soleimani,
assassino por um drone dos Estados Unidos (Ameer Al Mohmmedaw/picture alliance/Getty
Images)
Milhares de iraquianos se reuniram, neste sábado,
4, em Bagdá, para o funeral do general iraniano Qasem Soleimani e de um líder
miliciano, mortos no Iraque por um drone americano. O público entoou palavras
de ordem contra o governo americano e queimou bandeiras do país. Os seguidores
de Soleimani gritavam “Morte aos Estados Unidos!” no bairro xiita de Kazimiya,
em Bagdá, durante o cortejo fúnebre.
O assassinato de Soleimani, o arquiteto da política
do Irã no Oriente Médio, e do líder miliciano Abu Mehdi Al Muhandis, o número
dois da Hashd Al Shaabi e considerado o homem do Irã em Bagdá, aumenta o receio
de que aconteça um novo conflito na região. O ataque perto do aeroporto de
Bagdá destruiu completamente dois veículos e deixou um total de dez mortos,
cinco iraquianos e cinco iranianos. O Irã prometeu “uma dura vingança no
momento e no lugar apropriados”.
Os corpos das dez vítimas serão levados de Kazimiya
para a chamada Zona Verde, um bairro sob rigorosas medidas de segurança e sede
de instituições governamentais e de várias embaixadas, incluindo a dos Estados
Unidos, que na terça-feira sofreu um ataque de apoiadores da Hashd.
O primeiro-ministro iraquiano Adel Abdel Mahdi
também participou do funeral, assim como Hadi Al Ameri, chefe das forças
pró-iranianas no parlamento iraquiano, o ex-primeiro-ministro Nuri Al Maliki e
vários chefes de facções xiitas pró-iranianas.
Após o funeral, os corpos serão transferidos para
Kerbala e Najaf, duas cidades sagradas xiitas ao sul da capital. Al Mouhandis
será enterrado no Iraque e o corpo de Soleimani será transferido para o Irã,
onde será sepultado na terça-feira em sua cidade natal, Kerman.
As autoridades iranianas decretaram três dias de
luto oficial em memória de Qasem Soleimani.
Fonte: AFP

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