segunda-feira, 9 de maio de 2016

PM que escapou de arrastão no Rio reconheceu assassino de Ana Beatriz


Ana morreu na tentativa de assalto
Ana morreu na tentativa de assalto Foto: Reprodução do Facebook

Pedro Zuazo e Marcela Sorosini
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Uma policial militar que conseguiu escapar do arrastão próximo a um dos acessos à Linha Amarela, altura de Del Castilho, na Zona Norte do Rio, foi quem apontou aos investigadores da 44ª DP (Inhaúma) o autor do disparo que matou a jovem Ana Beatriz Pereira Frade, de 17 anos, na manhã do último sábado. Segundo a PM - que não teve o nome revelado - foi Douglas Paiva Santos Ventura da Silva, de 18 anos, quem atirou. Ele e outros dois menores de 17 anos foram detidos neste domingo.
Segundo o delegado Roberto Ramos, titular da 44ª DP, a policial militar disse, em depoimento, que Douglas chegou a apontar a arma para ela. Mas, por sorte, a PM conseguiu fugir - ela teve o carro e o celular levados pelos bandidos. A agente deve prestar um novo depoimento na Divisão de Homicídios (DH) - que investiga a morte de Ana Beatriz. O padrasto da jovem, Cláudio Márcio de Brito Moreira, também será ouvido pela especializada.
- A testemunha (a PM) informou que quatro jovens participaram do arrastão. Já temos informações sobre quem seria o quarto - disse o delegado Roberto Ramos.

Douglas foi preso neste domingo
Douglas foi preso neste domingo Foto: Cléber Júnior / Extra

Na hora do crime, Ana Beatriz passava pela região de carro, a caminho do aeroporto, para fazer uma surpresa para a mãe. O padrasto teria tentado furar o bloqueio feito por bandidos. A jovem morava em Guarapari, no Espírito Santo, e tinha acabado de chegar na Rodoviária Novo Rio. O padrasto foi buscá-la e a família estava a caminho do Aeroporto Internacional Tom Jobim. Ana foi enterrada neste domingo, no Cemitério Municipal de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
Suspeito confessa e tem prisão decretada
O delegado Fábio Salvadoretti, da DH, informou nesta segunda-feira que a Justiça decretou a prisão de Douglas em razão do latrocínio (roubo seguido de morte) sofrido por Ana Beatriz. Os dois menores apreendidos respondem pelo ato infracional análogo a este crime.
— Douglas confessou que atirou porque o carro não parou. Ele contou que o grupo se colocou em tocaia próximo ao acesso da linha amarela. como o motorista não parou, ele atirou — afirmou o delegado. A arma do crime ainda não foi encontrada.
Colégio em luto
Coordenador disciplinar da escola em que Ana Beatriz estudava, em Guarapari, Edmilson Rodrigues afirma que o colégio está em luto nesta segunda-feira:
- Todos os alunos, professores e equipe pedagógica estão arrasados. A cadeira em que ela sentava está vazia e todos ficam comovidos quando olham isso. A Bia era uma excelente aluna, uma pessoa maravilhosa.
De acordo com Edmilson, a adolescente era querida por todos:
- Ontem (domingo), foi uma van com os amiguinhos para o enterro. Aqui (Guarapari), o lugar é tranquilo e ela passeava sozinha com as amiguinhas. Ela dizia que tinha saído do Rio justamente por causa da violência. Essa tragédia é um retrato do nosso país: meninos de 17, 18 anos tirando a vida de uma menina de 17 anos.


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