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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Defesa pede ao STF retirada de Janot do inquérito em que Temer é investigado

rodrigo janot
A defesa do presidente Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Uma petição foi entregue à corte nesta terça-feira (8),em meio ao inquérito do "quadrilhão" do PMDB.

"Já se tornou público e notório que a atuação do PGR, em casos envolvendo o presidente, vem extrapolando em muito os seus limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa. Não estamos, evidentemente, diante de mera atuação institucional", escreveu Antônio Cláudio Mariz, advogado de Temer, no pedido ao Supremo.

Para a defesa do presidente, a motivação de Janot é "pessoal". "Estamos assistindo a uma obsessiva conduta persecutória", acrescentou Mariz.

O embate entre Temer e o procurador-geral teve início em maio deste ano, por causa da delação premiada de sete executivos da JBS. O empresário Joesley Batista gravou o presidente no Palácio do Jaburu, áudio que fez parte da colaboração feita com procuradores.

Após as revelações feitas pelo grupo, Janot abriu investigações sobre Temer e o denunciou pelo crime de corrupção passiva -rejeitada pela Câmara dos Deputados. Mais duas denúncias que têm o peemedebista como foco ainda são esperadas: de organização criminosa e obstrução de Justiça.

Para Mariz, o auge do conflito foi quando o procurador-geral pronunciou a frase "enquanto houver bambu, lá vai flecha", em um congresso de jornalistas em São Paulo. "Portanto, provar é de somenos, o importante é flechar", disse Mariz.

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