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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Depois da chacina, gangues ameaçam novo confronto e deixas ruas do Serviluz escuras e desertas



Depois da chacina, gangues ameaçam novo confronto e deixas ruas do Serviluz escuras e desertas
O clima permanece tenso no bairro Serviluz (zona Leste de Fortaleza) após a chacina ocorrida na noite de terça-feira passada, que deixou cinco pessoas mortas e outras duas gravemente feridas. Na noite desta quarta-feira, bandidos da Gangue do Cais do Porto dispararam tiros contra as luminárias da rede de iluminação pública, deixando a Rua Titã às escuras. Eles temiam a invasão do bando rival, a Gangue da Estiva. A rivalidade entre os dois grupos, por conta da disputa pelo domínio no tráfico de drogas, teria sido o motivo da chacina que ocorreu na Favela Nova Estiva. No sábado passado, bandidos da Estiva foram até a Rua Titã, no Cais do Porto, e mataram Márcio Rodrigues da Silva. Três dias depois, veio a revanche. Uma quadrilha encapuzada e com armas de grosso calibre, saiu do Cais do Porto e invadiu a Estiva, deixando cinco mortos. A Polícia Militar, através do Comando do Policiamento da Capital (CPC), reforçou a segurança na área. Além de efetivos do 8º BPM, unidade responsável pela segurança da zona Leste de Fortaleza, estão sendo mobilizadas patrulhas do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur), Batalhão de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e Batalhão de Policiamento do Choque (BPChoque). Mas, na noite da quarta-feira, circularam boatos de que bandidos da Estiva estariam se reunindo para invadir a Rua Titã e causar uma matança semelhante àquela que aconteceu na favela. As ruas ficaram escuras e já estavam desertas. A ameaça, porém, não se concretizou e os criminosos não foram encontrados.

Fuzilamentos
Os cinco mortos na chacina de terça-feira foram identificados como Emílio de Paula da Costa, 28 anos; Francisco Maurismar Alves dos Santos, 35, conhecido por “Gaguinho”; Raimundo Nonato Pereira Júnior, 32, vulgo “Novo”; Rafael Guedes Nogueira, 22; e Maurício Cassimiro da Silva, 23 anos, o “Silvinho”. Segundo levantamentos feitos pela Polícia, o verdadeiro alvo dos criminosos era o ex-presidiário Rafael Guedes Nogueira, que havia saído da cadeia recentemente, mas era apontado como responsável por mortes naquela região da cidade. Ao contrário das outras quatro vítimas, que foram executadas em via pública, Rafael foi localizado pelos assassinos dentro de casa, na Travessa Vicente de Castro, e acabou sendo fuzilado com mais de 15 tiros de pistola, na presença da mãe.
Suspeito

Conforme o relato de testemunhas, os criminosos formavam um “bonde”, isto é, um comboio de automóveis e motocicletas e usavam capuzes. Quando chegaram na Favela da Nova Estiva gritaram que era a “Polícia”. Ostentavam, além de pistolas, carabinas de calibre 12. Cerca de uma hora depois do quíntuplo assassinato, policiais do Ronda Tático capturaram um homem armado com uma pistola. Trata-se de Rafael Gomes de Sousa, 20 anos. Ele foi detido na Rua Pedro de Moura, no bairro Castelo Encantado, vizinho ao Serviluz. Ele negou participação no crime, mas foi autuado em flagrante no plantão do 2º DP por porte ilegal de arma.

Fonte:Fernando Ribeiro

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