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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Homicídios contra mulheres no Cariri é 5% menor que o ano passado em dez meses


Demontier Tenório///miseria.com.br
Uelma foi morta no dia 2 de outubro em Barbalha (Foto: Arquivo pessoal)
A quantidade de mulheres assassinadas na comparação dos últimos dois meses na região do Cariri cresceu, pois enquanto nenhuma mulher foi morta em setembro três foram vítimas de homicídios em outubro. Segundo levantamento feito pelo Site Miséria, os números revelam que a matança este ano é 5% menor em relação a 2013 quando essa comparação é feita sobre os dez primeiros meses do ano. Enquanto nesse mesmo período do ano passado, 20 mulheres foram mortas, em 2014 são 19 ou uma a menos.

Já na comparação dos meses de outubro deste e do ano passado, o número de homicídios também mostra uma queda de quatro para três assassinatos. Em 2014 já foram mortas pessoas do sexo feminino em oito municípios do Cariri, sendo nove em Juazeiro, três em Crato, duas em Barbalha e as demais em Araripe, Porteiras, Milagres, Missão Velha e Santana do Cariri. Sozinho, o município de Juazeiro responde por 47,36% da matança de mulheres em todo o Cariri.

Lamentavelmente, duas mulheres já foram assassinadas em Juazeiro no mês de Novembro. As três mortas em outubro foram Maria Uelma de Sales Melo, de 35 anos, que residia no Sítio Macaúbas em Barbalha e era servidora municipal. Ela foi assassinada no dia 2 com 14 facadas pelo ex-companheiro, João de Deus Melo, de 44 anos, que fugiu. Uelma disputou uma vaga na Câmara de Barbalha pelo PR obtendo 239 votos e ficando na segunda suplência.

Já no dia 21 de outubro Ana Maria Salviano de Souza, de 28 anos, que residia no Sítio Buriti em Crato morreu no IJF de Fortaleza 23 dias após seu companheiro Francisco Marcos de Sousa, de 40 anos, o “Novinho”, jogar gasolina e tocar fogo na mesma, na casa e atirar um bebê de 1 ano no terreiro. Ele foi preso dia 8 de outubro e o casal tinha cinco filhos, sendo três mulheres e dois homens com idades de até 10 anos.

No último dia 23 outra mulher assassinada no Cariri foi a jovem agricultora Maria Betânia Félix, de 31 anos de idade, conhecida por “Bel”. Ela residia na Rua Luiz Lacerda em Santana do Cariri e foi encontrada seminua com um tiro na cabeça perto da estrada carroçável de acesso ao Sitio Bonito como se tivesse sido estuprada. Bel tinha saído de casa no dia anterior após receber uma ligação telefônica.

Acusado de canibalismo em Pernambuco alegará distúrbio mental









Jorge Beltrão vai a júri nesta quinta (Foto: Wenyson Aubiérgio/Acervo JC Imagem)
Considerado o líder do trio de "canibais de Garanhuns", como ficaram conhecidos os acusados de matar, esquartejar e comer três mulheres em Pernambuco em 2008 e 2012, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, 51 anos, ainda não definiu se falará em juízo sobre a morte de Jéssica Camila Pereira da Silva, a adolescente de 17 anos considerada a primeira vítima dos réus. Porém, a estratégia da sua defesa no júri popular que terá início nesta quinta-feira (13) deverá ser de conseguir uma medida de segurança, no lugar da condenação.

Ao contrário da punição recebida pelos réus considerados culpados que têm consciência do crime que cometeram, levando-os à prisão, a medida de segurança é um tratamento destinado judicialmente aos portadores de doenças mentais que cometem delitos devido à enfermidade, que os conduz aos hospitais de custódia e tratamento psiquiátricos.

No caso de Jorge, o exame de sanidade mental mostrou que ele é imputável, o que quer dizer que pode ir a júri e ser condenado por não ser portador de doenças. "Vou trabalhar para conseguir pelo menos uma semi-imputabilidade. Não posso crer jamais que essa pessoa seja normal", afirma a defensora pública Tereza Joacy Gomes de Melo. "No laudo, a informação é que ele é imputável, mas diz que tem um distúrbio. O que ele precisa é de um tratamento", argumenta. Para isso, deverá ouvir o psiquiatra forense responsável pelo laudo, Lamartine de Hollanda.

Segundo a advogada, Jorge está angustiado por estar há dois anos e meio preso sem receber visitas de familiares, informação confirmada pela diretoria do Presídio Marcelo Francisco de Araújo, no Complexo Prisional do Curado, no Recife. Além disso, está ansioso para o julgamento.

Segundo Tereza Joacy, Jorge ainda não definiu se irá falar a sua versão dos fatos no júri, seja confessando ou alegando inocência. "Acredito que seria melhor que ele falasse. É a hora de se defender", afirma.

Assim como Isabel Cristina Torreão Pires, 53, e Bruna Cristina Oliveira da Silva, 28, com quem mantinha relacionamentos amorosos, Jorge confessou os assassinatos à polícia durante as investigações, há dois anos. Porém, nas audiências de instruções, usou o direito de se manter em silêncio.

Pela morte de Jéssica, o trio é acusado de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e assegurar a impunidade de outros crimes), além de vilipêndio (agressão ao cadáver) e ocultação do corpo. Bruna ainda é acusada de falsidade ideológica, por ter assumido a identidade de Jéssica após a sua morte.

Fonte: NE10

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