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terça-feira, 16 de setembro de 2014

PMs cobravam propina até para entregas de eletrodomésticos em Bangu


Coronel foi preso por chefiar quadrilha que cobrava propina em Bangu
Coronel foi preso por chefiar quadrilha que cobrava propina em Bangu Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Carolina Heringer, Luã Marinatto e Rafael Soares

Em Bangu, até para entregar uma geladeira na casa de um cliente, a empresa transportadora tinha que pagar propina ao batalhão da PM da área. A conclusão é de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, que denunciou seis oficiais — incluindo o antigo comandante, Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira, atualmente lotado no Comando de Operações Especiais (COE) — e 18 praças do 14º BPM (Bangu) por usarem a estrutura do batalhão para abrigar uma quadrilha que exigia propinas de donos de empresas de ônibus, motoristas de vans, mototaxistas e comerciantes. O depoimento de um empregado de uma dessas empresas, obtido pelo EXTRA, revela que a firma especializada em entregas pagava R$ 200 por semana à quadrilha “para fins de segurança”.
No depoimento, o empregado afirma que trabalha numa empresa que presta serviço para grandes redes de varejo na Zona Oeste. Ele afirma que “efetuava a entrega ao policial A. Silva toda sexta-feira”. Em seguida, ele reconhece o policial como o sargento Alexandre da Silva, preso na primeira fase da investigação da quadrilha, em 2013. No relato, ele ainda acrescenta que “em algumas ocasiões, o policial estava em viaturas policiais e em outras ele estava sem farda e em carro particular”.
— Os PMs faziam do batalhão um meio de arrecadar propina. Colhemos depoimentos de funcionários de empresas que relatam que, para fazer uma simples entrega de um eletrodoméstico a um cliente em Bangu, tinham que pagar o “arrego” a policiais — contou o promotor Cláudio Calo Sousa.
As vítimas do esquema relataram, em depoimento, que sofriam ameaças da parte dos PMs para que os pagamentos de propina fossem feitos. Num dos depoimentos, um funcionário de uma empresa que pagava propina afirma que “teme sofrer represálias por parte dos policiais militares envolvidos e não se sente confortável em pôr sua assinatura sobre as fotografias dos policiais”. Ao todo, foram ouvidas 33 pessoas que admitiram pagamentos aos PMs.
Até agora, 23 dos denunciados foram presos. Ainda estão foragidos o major Edson Alexandre Pinto de Góes e o mototaxista José Ricardo de Jesus Oliveira, que recolhia a propina para a PM. Na manhã desta segunda-feira, Fontenelle foi encontrado por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança em seu apartamento, no Leme. Em seu bolso, os agentes encontraram um bilhete com o que os promotores chamaram de “contabilidade da quadrilha”: ao todo, R$ 27 mil são divididos entre integrantes. Ao lado do número ‘‘10.000’’, está a palavra ‘‘eu’’. Por isso, promotores do Gaeco acreditam que o oficial continuou a receber propinas mesmo após ter saído do batalhão.
Policiais apreenderam bilhete com a contabilidade do suposto esquema de corrupção no bolso do coronel Fontenelle
Policiais apreenderam bilhete com a contabilidade do suposto esquema de corrupção no bolso do coronel Fontenelle Foto: Reprodução
Todos os denunciados vão responder por formação de quadrilha armada. Já cada propina paga será investigada pela Auditoria de Justiça Militar. Segundo a denúncia, os valores variavam entre R$ 10 — cobrados dos camelôs no calçadão de Bangu — até R$ 2 mil no caso de cooperativas de transporte, que pagavam para que os PMs fizessem vista grossa para irregularidades.
Dinheiro apreendido na casa do major Edson de Góes
Dinheiro apreendido na casa do major Edson de Góes
Entre os oficiais presos, o capitão Walter Colchone Netto já respondia na Justiça por fazer parte da máfia dos caça-níqueis. No ano passado, ele foi preso acusado de fazer parte do esquema de segurança do contraventor Fernando Iggnácio. Solto em maio deste ano, ele foi transferido justamente para o COE, comandando por Fontenelle. Segundo o MP, Colchone era o “homem de confiança” do coronel, já que “no momento em que o capitão foi posto em liberdade provisória, foi ‘puxado’ pelo coronel para um dos setores estratégicos da PM”.


extra.globo.com/casos-

‘A fazenda 7’ começa com barracos e polêmica sobre pedofilia

Lorena Bueri protagonizou discussões quentes logo nas primeiras horas de ‘A fazenda 7’
Lorena Bueri protagonizou discussões quentes logo nas primeiras horas de ‘A fazenda 7’ Foto: ANTONIO CHAHESTIAN

A sétima edição de “A fazenda”, na Record, estreou a todo vapor, neste domingo. Após passarem a noite ao relento, em uma estrutura de lona improvisada sobre um grande gramado, os participantes tiveram que suar na primeira prova do reality. Depois de escalarem um percurso formado por barras de ferro, pneus e redes, os velozes Diego Silveira, Marlos Cruz e Robson Caetano foram os selecionados para liderar cada uma das três equipes que serão compostas no jogo. No campo dos barracos (sempre presentes no reality), Lorena Bueri e Oscar Maroni mostraram que não estão no jogo para brincadeira. No episódio inicial, os dois já protagonizaram discussões polêmicas
Logo nas primeiras horas de confinamento, houve uma discussão quente entre Lorena Bueri e Roy Rosello. A modelo repreendeu a forma como o músico cozinhou o arroz, alegando “que não conseguiria comer algo daquele jeito”. Dono de uma casa masculina voltada para o público adulto em São Paulo, Oscar Maroni também protagonizou alguns atritos. Ex-estrela do programa do João Kléber, Lorena Bueri ficou posessa ao ouvir do empresário que “qualquer mulher deixaria de trabalhar se um homem oferecesse 2 mil reais”. “Trabalhei na rua desde os cinco anos, sou bonita, as pessoas sempre me cantaram e eu nunca aceitei. Você generalizou. Não dá pra dizer isso de qualquer mulher bonita. Fico indignada com essas coisas”, rebateu a morena, que por pouco se descontrolou.
O atleta Robson Caetano também participa da sétima edição de ‘A fazenda’
O atleta Robson Caetano também participa da sétima edição de ‘A fazenda’ Foto: ANTONIO CHAHESTIAN
Conhecido como o “rei do sexo” — o famoso empresário já declarou que dormiu com mais de duas mil mulheres —, Oscar Maroni já se tornou o principal alvo de reclamações dos “fazendeiros”. Ex-integrante da banda Menudo, Roy Rosello se queixou sobre o homem, que é o mais velho da casa, com alguns comnpanheiros de confinamento na noite deste domingo: “Você tinha que ver os papos do cara (Oscar Maroni). Parecia carona pro inferno”, reclamou, explicando que ele fala muito de sexo e mulheres.
Declaração polêmica sobre pedofilia
O ex-Menudo Roy Rosello provocou polêmica com um depoimento dado no primeiro episódio de “A fazenda 7”. Reunidos ao redor de uma fogueira para “queimar fantasmas do passado”, os participantes escreveram sobre um pedaço de madeira situações da vida que não queriam lembrar nunca mais. Todos acabaram se emocionando e se expondo além do devido. Após negar que agrediu a mulher, em 2011, na Bahia, Rosello falou sobre a famosa “boy band”, da qual participou quando jovem. “Eu quero perdoar o inventor do Menudo, pela exploração, pelos abusos. Eu sou contra a pedofilia”, declarou o músico, sem dar mais pistas.


extra.globo.com/tv-

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