Em Bangu, até para entregar uma geladeira na casa de um cliente, a
empresa transportadora tinha que pagar propina ao batalhão da PM da
área. A conclusão é de promotores do Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, que denunciou seis oficiais —
incluindo o antigo comandante, Alexandre Fontenelle Ribeiro de
Oliveira, atualmente lotado no Comando de Operações Especiais (COE) — e
18 praças do 14º BPM (Bangu) por usarem a estrutura do batalhão para
abrigar uma quadrilha que exigia propinas de donos de empresas de
ônibus, motoristas de vans, mototaxistas e comerciantes. O depoimento de
um empregado de uma dessas empresas, obtido pelo EXTRA, revela que a
firma especializada em entregas pagava R$ 200 por semana à quadrilha
“para fins de segurança”.
No depoimento, o empregado afirma que trabalha numa empresa que presta
serviço para grandes redes de varejo na Zona Oeste. Ele afirma que
“efetuava a entrega ao policial A. Silva toda sexta-feira”. Em seguida,
ele reconhece o policial como o sargento Alexandre da Silva, preso na
primeira fase da investigação da quadrilha, em 2013. No relato, ele
ainda acrescenta que “em algumas ocasiões, o policial estava em viaturas
policiais e em outras ele estava sem farda e em carro particular”.
— Os PMs faziam do batalhão um meio de arrecadar propina. Colhemos
depoimentos de funcionários de empresas que relatam que, para fazer uma
simples entrega de um eletrodoméstico a um cliente em Bangu, tinham que
pagar o “arrego” a policiais — contou o promotor Cláudio Calo Sousa.
As vítimas do esquema relataram, em depoimento, que sofriam ameaças da
parte dos PMs para que os pagamentos de propina fossem feitos. Num dos
depoimentos, um funcionário de uma empresa que pagava propina afirma que
“teme sofrer represálias por parte dos policiais militares envolvidos e
não se sente confortável em pôr sua assinatura sobre as fotografias dos
policiais”. Ao todo, foram ouvidas 33 pessoas que admitiram pagamentos
aos PMs.
Até agora, 23 dos denunciados foram presos. Ainda estão foragidos o
major Edson Alexandre Pinto de Góes e o mototaxista José Ricardo de
Jesus Oliveira, que recolhia a propina para a PM. Na manhã desta
segunda-feira, Fontenelle foi encontrado por agentes da Subsecretaria de
Inteligência da Secretaria de Segurança em seu apartamento, no Leme. Em
seu bolso, os agentes encontraram um bilhete com o que os promotores
chamaram de “contabilidade da quadrilha”: ao todo, R$ 27 mil são
divididos entre integrantes. Ao lado do número ‘‘10.000’’, está a
palavra ‘‘eu’’. Por isso, promotores do Gaeco acreditam que o oficial
continuou a receber propinas mesmo após ter saído do batalhão.
Todos os denunciados vão responder por formação de quadrilha armada. Já
cada propina paga será investigada pela Auditoria de Justiça Militar.
Segundo a denúncia, os valores variavam entre R$ 10 — cobrados dos
camelôs no calçadão de Bangu — até R$ 2 mil no caso de cooperativas de
transporte, que pagavam para que os PMs fizessem vista grossa para
irregularidades.
Entre os oficiais presos, o capitão Walter Colchone Netto já respondia
na Justiça por fazer parte da máfia dos caça-níqueis. No ano passado,
ele foi preso acusado de fazer parte do esquema de segurança do
contraventor Fernando Iggnácio. Solto em maio deste ano, ele foi
transferido justamente para o COE, comandando por Fontenelle. Segundo o
MP, Colchone era o “homem de confiança” do coronel, já que “no momento
em que o capitão foi posto em liberdade provisória, foi ‘puxado’ pelo
coronel para um dos setores estratégicos da PM”.
extra.globo.com/casos-
‘A fazenda 7’ começa com barracos e polêmica sobre pedofilia
A sétima edição de “A fazenda”, na Record, estreou a todo vapor, neste
domingo. Após passarem a noite ao relento, em uma estrutura de lona
improvisada sobre um grande gramado, os participantes tiveram que suar
na primeira prova do reality.
Depois de escalarem um percurso formado por barras de ferro, pneus e
redes, os velozes Diego Silveira, Marlos Cruz e Robson Caetano foram os
selecionados para liderar cada uma das três equipes que serão compostas
no jogo. No campo dos barracos (sempre presentes no reality),
Lorena Bueri e Oscar Maroni mostraram que não estão no jogo para
brincadeira. No episódio inicial, os dois já protagonizaram discussões
polêmicas
Logo nas primeiras horas de confinamento, houve uma discussão quente
entre Lorena Bueri e Roy Rosello. A modelo repreendeu a forma como o
músico cozinhou o arroz, alegando “que não conseguiria comer algo
daquele jeito”. Dono de uma casa masculina voltada para o público adulto
em São Paulo, Oscar Maroni também protagonizou alguns atritos.
Ex-estrela do programa do João Kléber, Lorena Bueri ficou posessa ao
ouvir do empresário que “qualquer mulher deixaria de trabalhar se um
homem oferecesse 2 mil reais”. “Trabalhei na rua desde os cinco anos,
sou bonita, as pessoas sempre me cantaram e eu nunca aceitei. Você
generalizou. Não dá pra dizer isso de qualquer mulher bonita. Fico
indignada com essas coisas”, rebateu a morena, que por pouco se
descontrolou.
Conhecido como o “rei do sexo” — o famoso empresário já declarou que
dormiu com mais de duas mil mulheres —, Oscar Maroni já se tornou o
principal alvo de reclamações dos “fazendeiros”. Ex-integrante da banda
Menudo, Roy Rosello se queixou sobre o homem, que é o mais velho da
casa, com alguns comnpanheiros de confinamento na noite deste domingo:
“Você tinha que ver os papos do cara (Oscar Maroni). Parecia carona pro
inferno”, reclamou, explicando que ele fala muito de sexo e mulheres.
Declaração polêmica sobre pedofilia
O ex-Menudo Roy Rosello provocou polêmica com um depoimento dado no
primeiro episódio de “A fazenda 7”. Reunidos ao redor de uma fogueira
para “queimar fantasmas do passado”, os participantes escreveram sobre
um pedaço de madeira situações da vida que não queriam lembrar nunca
mais. Todos acabaram se emocionando e se expondo além do devido. Após
negar que agrediu a mulher, em 2011, na Bahia, Rosello falou sobre a
famosa “boy band”, da qual participou quando jovem. “Eu quero perdoar o
inventor do Menudo, pela exploração, pelos abusos. Eu sou contra a
pedofilia”, declarou o músico, sem dar mais pistas.
extra.globo.com/tv-
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