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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mauriti-CE: Operação apreende 14 motos trafegando irregularmente e recupera uma que tinha sido roubada


Demontier Tenório///Foto: Agência Miséria)
14 motocicletas foram apreendidas em Mauriti (Foto: Agência Miséria)
Uma operação denominada “Trânsito Legal” foi deflagrada em Mauriti reunindo Ministério Público, Polícias Civil e Militar e Departamento Municipal de Trânsito. Foram abordados vários veículos e, ao final, 14 motocicletas foram apreendidas além da recuperação de uma que tinha sido roubada. Foi uma Honda Titan de cor vermelha e placa HWC-7746, inscrição de Mauriti, que um piloto abandomou sob um cajueiro às margens da CE-152 à altura do Distrito de Palestina.

Outras quatro motos estavam sem placas no caso uma XLR 200 vermelha, uma Honda Bros da mesma cor, uma Biz de cor rosa e outra na cor vermelha. Mais cinco apreensões foram feitas em virtude da ausência dos documentos dos veículos. Eram uma Honda Bros vermelha de placas KJI-5612, uma Honda CG 125 de cor azul e placa MMZ–6908, uma Tornado de cor preta e placa HXL–3741, uma XLR vermelha de placa HUQ–8364 e uma Yamaha de cor preta e placa HXS–5635.

Já pilotos que não apresentaram documentos foram José Josian de Lacerda, residente no Sítio Curtume, com uma Yamaha YBR 125 de cor preta. Cícero Dionísio Lacerda, de 22 anos, com uma Honda CG 125 Titan de cor preta e placa CGK–0532. Um menor de 17 anos com uma Yamaha Crypton vermelha e placa NPX-3494. Um adolescente de 16 anos com uma Honda CG 125 Titan KS de cor verde e placa HWU-1426 e outro menor de 16 anos com uma Titan vermelha de placa HXR-4570.

Pela PM participaram o Major Queiroz, o Subtenente Marcos, os Sargentos Itamar, J. Pedro e Bonfim, os Cabos Edival, J. Cícero e Sobreira e os Soldados C. Amaro, Linhares, Benevuto, Ângelo, Robeiro, Adalberto, Gilclédio e Nobre. Pela Civil, o Delegado Bruno Veras, os Escrivães Manoel Mosângelo e Carlos Wagner e os Inspetores  Marcelo Pereira, Domingos Fábio e Iago Felipe todos sob a orientação do Promotor de Justiça Breno Rangel Costa.

Valor de multas aumenta até 900% a partir de novembro








Disputar corrida, promover competições e fazer ultrapassagem pela direita são infrações que também tiveram o valor da punição multiplicado em dez vezes (Foto: Diário do Nordeste)
 Para tentar conscientizar os motoristas a respeitarem as leis de trânsito, foram sancionadas, em maio deste ano, pela presidente Dilma Rousseff, alterações em 11 artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tornando mais rígida a legislação. Com as mudanças, algumas multas passam a ter valores até dez vezes maiores. O motorista que fizer manobra perigosa, por exemplo, com arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus, em vez R$ 191,54, terá de pagar multa de R$ 1.915,54, o que representa crescimento de 900%. As alterações começam a valer a partir do dia 1º do próximo mês de novembro.

Disputar corrida, promover competições e fazer ultrapassagem pela direita são infrações que também tiveram o valor da punição multiplicado em dez vezes. No caso de ultrapassagem pelo acostamento e pela contramão, o valor passará a ser cinco vezes maior, saltando de R$ 191,54 para R$ 957,70, representando aumento de 400%.

Já o motorista que matar alguém ao participar de corrida, disputa ou competição automobilística sem autorização dos órgãos competentes, poderá pegar até dez anos de prisão.

No caso de homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço até a metade, se o condutor não tiver permissão para dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação, praticá-lo em faixa de pedestre ou na calçada, deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente e, no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.

Nas ruas, motoristas tiveram opiniões divergentes em relação às mudanças. O taxista Valdir Assunção, 45, concorda com as alterações e ressalta que, em Fortaleza, só funciona se "mexer no bolso". Porém, afirma que só aumentar o valor da multa não vai resolver o problema. Ele diz que é preciso aumentar a fiscalização. "Em relação à consciência, eu acho que não existe. Tem que ´doer´ no bolso", reforça.

O mototaxista Elton Cristiano Barbosa da Silva, 25, é outro que concorda com as mudanças, apesar de considerar algumas "esticadas". Mas também afirma que tem que aumentar a fiscalização. "Em vez de supervisionarem o trânsito, os agentes ficam nos carros parados, no ar condicionado. Falta fiscalização nas ruas", reclama. Já um servidor público que preferiu não se identificar acredita que a medida é mais uma "máfia de multas". Para ele, essas mudanças só servirão para "amedrontar a população, mas não vão surtir efeito".

Penalidade

Na visão do promotor de Justiça Gilvan Melo, do Núcleo de Atuação Especial de Controle, Fiscalização e Acompanhamento de Políticas de Trânsito do Ministério Público Federal (MPF), as alterações feitas no CTB são positivas e deverão contribuir para que aqueles que têm em mãos um veículo automotor, o qual quando indevidamente utilizado poderá se transformar em uma arma potencialmente destruidora, usem-no para o fim que foi concebido, com responsabilidade e em observância aos ditames do CTB. "O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades competentes do Sistema Nacional de Trânsito", destaca.

No entanto, afirma que a multa como penalidade elevada isoladamente não fará com que os acidentes de trânsito declinem. Melo defende que elas devem vir conjugadas ao policiamento ostensivo de trânsito e com a educação de jovens e adultos, via campanhas educativas nos meios de comunicação e nas escolas bancadas pelos governos. "Para isso, 5% do valor das multas de trânsito arrecadas em todo território nacional pelos diversos órgãos e entidades de trânsito será depositado, mensalmente, na conta de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito. A conta existe, o régio dinheiro. Não existe, quem sabe, a aplicação dos recursos segurança e educação de trânsito", questiona.

Em nota, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) informa que o aumento do valor da infração é uma forma de tornar mais rígida a penalidade, para que os condutores tenham mais consciência de que respeitar a legislação, além de correr o risco de causar um acidente que poderá ser fatal, vai pesar no bolso. "O peso no bolso também influencia a mudança de comportamento dos condutores", defende o órgão.

Fonte: Diário do Nordeste

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