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sábado, 13 de setembro de 2014

Homem confessa ter ateado fogo na casa da torcedora Patrícia Moreira









Homem disse ter bebido antes de atear fogo na casa de Patrícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O suspeito de atear fogo na casa onde mora Patrícia Moreira, a torcedora gremista que foi flagrada ofendendo o goleiro Aranha durante o jogo entre Grêmio e Santos, pela Copa do Brasil, no dia 28 de agosto, confessou o crime na noite desta sexta-feira (12) na delegacia em Porto Alegre. Segundo o delegado Tiago Baldin, titular da 14ª Delegacia de Polícia da capital, o homem que foi detido na tarde do mesmo dia disse ter cometido o crime após ingerir bebidas alcoólicas. No fim da noite, o pedido de prisão preventiva foi acatado pela Justiça, e o suspeito deve ser levado ao Presídio Central.

"Na presença de seu advogado ele confessou o crime. Disse que havia ingerido bebidas alcoólicas, e que se sentia com nojo do que ela havia feito. Usou um isqueiro", disse o delegado.

Segundo o Baldin, o suspeito foi identificado por uma testemunha e foi detido na Zona Norte de Porto Alegre. A polícia afirma que ele mora próximo da residência de Patrícia. O homem tem 28 anos, trabalha como eletricista e apresenta queimaduras na mão direita. Ele já havia sido condenado por porte ilegal de arma de uso restrito e tráfico de drogas e também tem no histórico uma fuga do regime semiaberto. Em prisão domiciliar desde o dia 22 de maio deste ano, recebeu liberdade condicional nessa quinta-feira (11). Alegou, no entanto, que não sabia do fato.

Ele negou parte da versão de uma testemunha, que disse ter visto um guarda-chuva em chamas no relógio de luz da residência no momento do incêndio. "Ele só nega o que a testemunha disse ter visto, dele usando guarda-chuva para mexer na caixa de energia. Ele ainda disse que trabalhou hoje e que, depois, iria procurar atendimento médico. A mão dele esta bastante machucada", acrescentou o delegado.

O incêndio na residência localizada no bairro Passo das Pedras começou por volta das das 4h, de acordo com o advogado Alexandre Rossato e familiares da jovem. O Corpo de Bombeiros diz que foi chamado, mas quando chegou ao local, as chamas já haviam sido apagadas pelos proprietários.

Vizinhos teriam alertado familiares de Patrícia. De acordo com um dos irmãos da torcedora, o fogo começou na frente da residência. Vizinhos perceberam e apagaram antes que as chamas pudessem atingir o interior da casa. Rossato relatou que, nos últimos dias, esteve no local retirando pertences da jovem e populares jogaram pedras contra as paredes e gritaram "racista".

Diante da repercussão do caso, Patrícia evitou dormir em casa nos últimos dias. Ela se refugiou em residências de parentes e amigos para evitar retaliação. Pedras foram jogadas em direção a sua casa.

Na última semana, Patrícia prestou depoimento à polícia e fez um pronunciamento à imprensa. Ela negou ser racista e pediu perdão ao goleiro Aranha.

"Eu quero pedir desculpas para o goleiro Aranha, desculpa mesmo, perdão de coração. Não sou racista. Aquela palavra macaco não foi racismo da minha parte. Não teve intenção racista. Foi no calor do jogo, o Grêmio tava perdendo. Peço desculpas pro Grêmio, para a nação tricolor, não queria nunca prejudicar o Grêmio. Desculpas para o Aranha. Perdão, perdão, perdão mesmo", declarou.

Fonte: G1

Suspeito de matar jovem gay em GO é preso e confessa crime, diz polícia









Corpo de João foi encontrado com a boca cheia de papel (Foto: Reprodução/Facebook)
Ação conjunta das Polícias Civil e Militar prendeu na tarde desta sexta-feira (12) um rapaz de 20 anos suspeito de matar o jovem João Antônio Donati, 18, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. A vítima, que era homossexual, foi encontrada em um lote baldio da cidade com hematomas pelo corpo e com pedaços de papel dentro da boca. Segundo a polícia, o suspeito confessou o crime.

A polícia chegou até o suspeito depois de encontrar a identidade deles próxima de onde o corpo foi encontrado. De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pelo caso, o jovem foi detido em uma fazenda de Inhumas, onde trabalhava em uma plantação de tomates. Em depoimento, ele disse que manteve uma relação sexual com João no mesmo terreno onde ocorreu o crime.

"Após a relação, os dois acabaram se desentendendo e entrando em luta corporal. Ele matou o João asfixiado, pegou o papel que estava em um lixo e colocou na boca dele, segundo ele, porque estava ´muito nervoso´", contou o delegado.

O suspeito também disse a polícia que não é homossexual, mas que já se relacionou com outros homens. O rapaz também afirmou que não conhecia a vítima.

Carona

Donos do bar onde João trabalhava há cerca de duas semanas disseram que pediram a um cliente que levasse a vítima para casa na madrugada em que o crime ocorreu, na quarta-feira (10). “Quando foi por volta da 1 hora, fechamos o bar e meu marido pediu que um cliente desse carona ao João. Essa foi a última vez que o vimos com vida”, lamentou a comerciante Graça de Maria.

Segundo os proprietários, o cliente do bar já prestou depoimento à Polícia Civil. "Ele disse que levou o João até a esquina da rua onde ele morava e que ele estava muito apressado, como se fosse encontrar alguém. No entanto, não o viu com ninguém", relatou Graça. A Polícia Civil descartou qualquer participação do cliente na morte.

Mesmo trabalhando no bar há pouco tempo, João era um velho conhecido dos proprietários. "Ele sempre vinha ao bar acompanhado da mãe e ficamos amigos. Meu marido é espanhol e o fato do João ter morado lá na Espanha por dois ou três anos nos aproximou ainda mais. Aí a gente precisava de ajuda no bar e o contratamos", explicou a dona do estabelecimento.

Crime

Laudo do Instituto Médico Legal (IML), concluído na quinta-feira (11) aponta que a vítima lutou com o agressor antes de morrer e que ele possuía diversas marcas de hematoma pelo corpo. O documento concluiu também que a vítima morreu asfixiada e que não havia nenhuma fratura no corpo.

“Ele tinha diversos hematomas pelo corpo, no olho, no nariz. E como não tinha nenhuma fratura, pode indicar que alguém ficou segurando o rapaz enquanto ele não conseguia respirar. Mas só as investigações podem esclarecer certinho como se deu toda essa dinâmica do crime”, disse o delegado, na quinta-feira.  Ele afirmou que não foi pedido nenhum outro laudo em relação ao corpo da vítima.

O caso ganhou repercussão nas redes sociais e causou revolta em internautas de várias partes do país, que já marcaram protestos em cidades como Inhumas, Belo Horizonte e São Paulo no próximo sábado (13).

Teófilo informou que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República entrou em contato para pedir informações sobre o caso e cobrar atenção à investigação. Em nota, o órgão também manifestou “suas mais profundas condolências à família e aos amigos de João Antônio, apelando às autoridades do estado para que deem ao caso a devida atenção”.

Fonte: G1

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