Os
primeiros parentes dos passageiros e da tripulação do avião malaio
acidentado na Ucrânia começaram a chegar nesta sexta-feira (18) ao
aeroporto internacional de Kuala Lumpur para obter informações.
Duas mulheres se abraçavam com um homem a caminho do local de recepção
para os familiares no aeroporto, situado em Sepang, a cerca de 45
quilômetros ao sul da capital, segundo a imprensa local.
As autoridades ucranianas acusam os rebeldes pró-russos de terem abatido
ontem o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo na região
ucraniana de Donetsk, controlada pelos separatistas.
Em entrevista coletiva realizada na madrugada desta sexta,
primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, disse que a Organização da
Aviação Civil Internacional (OACI) tinha declarado segura a rota que
passa pelo território ucraniano e também não havia restrições por parte
da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês).
O governante malaio explicou que conversou por telefone com o presidente
da Ucrânia, PetroPoroshenko, e com o americano Barack Obama. Najib
afirmou que os dois concordaram com uma investigação minuciosa do
acidente para esclarecer se a aeronave foi abatida. "Se for confirmado
que (o avião) foi abatido, os responsáveis deverão ser levados à
Justiça", opinou Najib.
"Este é mais um dia trágico em um ano trágico para a Malásia. Os
passageiros do avião eram de muitas nações, mas estamos todos unidos na
dor", acrescentou.
No Boeing 777 do voo MH17 viajavam 154 holandeses, 43 malaios (incluídos
os 15 membros da tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove
britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e
outros 41 que não tiveram sua nacionalidade confirmada.
O avião, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, caiu na região leste de
Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e
os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações
pela queda da aeronave.
Nenhum comentário:
Postar um comentário