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terça-feira, 15 de abril de 2014

Deputado André Vargas afirma que renunciará ao mandato









O deputado André Vargas (PT-PR), ao se defender no plenário no início de abril (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
O deputado federal André Vargas (PT-PR) informou nesta segunda-feira (14) à GloboNews que renunciará ao mandato. Ele deverá apresentar a carta de renúncia à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados até esta terça (15), segundo o ex-assessor de comunicação e amigo pessoal Ricardo Weg.

Desde o último dia 7, Vargas está licenciado do mandato. Ele pediu afastamento por 60 dias. No dia 9, renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara, depois de o Conselho de Ética da Casa ter decidido pela abertura de processo de cassação.

A decisão de Vargas de renunciar é motivada pelas denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. A operação dissolveu um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo a PF, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

Ao repórter Marcelo Cosme, da GloboNews, Vargas afirmou que decidiu renunciar porque está sendo julgado "sem direito de defesa, sem ter sido nem intimado judicialmente". Segundo ele, o Conselho de Ética da Câmara não tem provas, "só tem matérias de jornais e revistas com dados sigilosos de um processo judicial".

No último dia 2, da tribuna do plenário da Câmara, o deputado chegou a admitir que viajou de maneira "imprudente" em um jatinho fretado pelo doleiro, mas negou ilegalidade na relação com Alberto Youssef. Três dias depois, a revista "Veja" reproduziu mensagens que ele teria trocadocom Youssef para tratar de um contrato entre uma empresa e o Ministério da Saúde.

Em postagens no microblog Twitter na semana passada, Vargas disse que vai provar a inocência"de cabeça erguida".

Com a renúncia, André Vargas deverá ficar inelegível até fevereiro de 2023, com base na Lei da Ficha Limpa. A regra torna inelegível por oito anos após o fim da legislatura o parlamentar que renunciar depois de protocolada representação que pode levar à cassação do mandato – o Conselho de Ética da Câmara abriu processo para investigar o parlamentar.

PTNesta segunda-feira, André Vargas foi ouvido em São Paulo sobre as denúncias por uma comissão nomeada pela Executiva Nacional do PT.

Segundo o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, um dos integrantes da comissão, Vargas não chegou a mencionar a intenção de renunciar ao mandato.

“Ele não falou nada, em nenhum momento, sobre renúncia. Ele apenas nos deu as mesmas explicações dadas nos últimos dias à imprensa e pelo Twitter. Fui surpreendido com a notícia da renúncia dele. Não sei se foi por alguma questão familiar ou se tem algum outro motivo”, declarou Cantalice.

Segundo Cantalice, nesta terça-feira (15) deverá ser entregue ao presidente do PT, Rui Falcão, o relatório resultante da conversa que a comissão teve com Vargas. Além de Cantalice, a comissão foi integrada por Carlos Árabe, secretário nacional de formação política do PT, e Florisvaldo Souza, secretário nacional de organização do partido.

Com base no relatório a ser produzido pelos três dirigentes, a Executiva do partido se reunirá depois da Páscoa para decidir se instalará uma comissão de ética para analisar o caso do deputado.

Fonte: G1

Sobe para sete o número de presos mortos no Complexo de Pedrinhas









Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís (Foto: Divulgação/CNJ)
Um detento identificado como André Valber Mendes, de 26 anos, foi encontrado enforcado na noite dessa segunda-feira (14) no pavilhão Delta do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas , em São Luís. Com a morte, que é a terceira desde o sábado (12), subiu para sete o número de mortes no local em 2014. Em todo o Maranhão, já são dez presos mortos este ano. A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária ( Sejap) confirmou a morte, mas ainda não divulgou nota oficial sobre o caso.

Nesse fim de semana, o detento Wesley Sousa Pereira, de 23 anos,  foi encontrado morto no Presídio São Luís I, e de João Altair Oliveira Silva, 18, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), ambas unidades prisionais do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

A Sejap pediu, nessa segunda-feira, a prorrogação do prazo da situação de emergência no sistema carcerário doMaranhão. Segundo a secretaria, apesar das medidas tomadas nos últimos seis meses, vários problemas ainda precisam ser solucionados.

No dia 21 de março a Sejap solicitou ao governo do Estado que estendesse por mais 180 dias o prazo para a reformulação do sistema carcerário maranhense. O Estado decretou a situação de emergência no sistema prisional em outubro do ano passado, diante de uma crise que começou com motins e rebeliões, se agravando com as violentas mortes dentro dos presídios.

MortesOutras mortes em 2014 foram registradas no Centro de Ressocialização de Presos de Santa Inês, na Central de Custódia Preso de Justiça (CCPJ) do Anil e em uma cela do Presídio Jorge Vieira, no município de Timon. De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já passa de 60 o número de detentos assassinados em Pedrinhas desde o início de 2013.

MotimDetentos iniciaram um motim, na última sexta-feira (11), na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Segundo informações da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, os presos não gostaram de uma revista feita por homens da Força Nacional, do Batalhão de Choque da Polícia Militar e do Grupo Especial de Operações Prisionais do sistema penitenciário.

Diretor de Pedrinhas exoneradoApós a fuga de 10 detentos do Presídio São Luís II, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o diretor da unidade, Valdir Dias, foi exonerado do cargo na sexta-feira (4). A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap).

A fuga ocorreu na noite do dia 3 de abril, quando os detentos, aproveitando uma permissão para lavar o pátio de banho de sol, serraram a grade instalada no teto e fugiram com o uso de uma "tereza" (corda artesanal).

Crise no presídioApós violentas rebeliões no final de 2013, integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado visitaram o Complexo Penitenciário no mês de janeiro. A presidente da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), apresentou no dia 14 de março um relatório da visita, que defendeu a realização de concursos para defensores públicos no estado a fim de atenuar um dos principais problemas constatados durante a diligência: a superlotação e o convívio de presos provisórios com detentos já condenados.

O déficit de vagas nas unidades prisionais e nas delegacias do Maranhão, segundo dados apresentados no relatório, é de 2.554 vagas; 70% dos funcionários que trabalham com os presos são terceirizados. Além da contratação de mais agentes, a comissão defendeu a realização de mutirões carcerários com auxílio de outros estados.

Para a presidente da comissão, o crime organizado no presídio está "fora do controle" do Estado.

"Há presença de facções criminosas que têm o controle interno e que ultrapassam os muros dos presídio fazendo articulações, promovendo rebeliões e colocando em risco a vida da população", disse. "O Estado realmente precisa ter controle sobre isso. O presídio não pode ficar sob controle de grupos criminosos. O presídio tem que ficar sob controle do Estado", disse.

MedidasEm entrevista ao G1, a delegada-geral de Polícia Civil, Cristina Resende, disse que os crimes do fim de semana já estão sob apuração da Delegacia de Homicídios de São Luís. "As duas últimas, estamos investigando porque ainda não temos como afirmar se seriam indivíduos de facções diferentes. O indivíduo estava na cela que quis ficar, com a facção à qual pertencia. O de ontem foi retirado e pediu pra voltar. Nos dois últimos crimes, serão indiciados todos os internos das celas onde os presos foram mortos porque há indícios da participação de todos eles. Estamos investigando", contou.

O secretário de Justiça e Administração Penitenciária Sebastião Uchôa admitiu, em entrevista ao G1, que mesmo após a transferência dos líderes das facções, novas lideranças estão comandando os grupos. "O Serviço de Inteligência da Polícia Civil já identificou outros braços dessas facções, que já estão sendo monitoradas. Nos dois últimos casos, suspeitamos de brigas dentro de uma mesma facção, portanto, uma dissidência", disse.

Uchôa acrescentou que prefere aguardar o resultado das investigações para se pronunciar. "A secretaria entende que é um caso de polícia e está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios, que investiga se há ligacões entre os crimes ou se são casos isolados. Preferimos aguardar o resultado das investigações para saber se é, de fato, resultado de briga interna".

Fonte: G1

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